quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Fernán González, conde de Castela, herói de legenda

Don Fernán González, conde de Castela
Don Fernán González, conde de Castela
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Estava o conde Fernán González caçando com os seus cavaleiros na vila de Lara. De repente, um feroz javali saiu disparado de um matagal.

O conde, desejoso de caçar tão boa presa, sem esperar por seus companheiros, saiu a cavalo em perseguição ao animal, que corria velozmente.

Por fim chegou a uma ermida desconhecida, onde o javali se meteu pela porta.

Então o conde, pegando a espada, se dirigiu à ermida, onde a fera tinha entrado.

O javali havia se refugiado atrás do altar. O conde se ajoelhou diante do altar e começou a rezar.

Neste momento saiu da sacristia um monge de venerável aspecto e avançada idade, apoiado num rude e retorcido cajado.

Aproximou-se do conde e saudou-o, dizendo:

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Papa São Gregório VII: alma inspiradora das Cruzadas

São Gregório VII
São Gregório VII
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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Coube ao Papa São Gregório VII (1020-1085) a honra de inspirar o movimento das cruzadas.

Seu plano resulta claro na carta de 1074 reproduzida embaixo, mas que no seu tempo não chegou a ser enviada.

Aconteceu que São Gregório VII teve que enfrentar a revolta do imperador Henrique IV e não pôde completar seu determinado projeto.

Entre seus assessores mais próximos estava o futuro Urbano II.

São Gregório VII externou o desejo que ele fosse eleito para sucedê-lo.

Por sua vez, Urbano deixou bem claro aos Cardeais que de ser eleito continuaria a pastoral intransigente de São Gregório VII face à baixa moralidade de certo clero mundanizado, a simonia, a nomeação de bispos pelo poder temporal e a luta contra os inimigos da Cristandade sobre tudo o Islã.

Os Cardeais, entretanto, temeram continuar na linha do Santo Gregório VII e escolheram um pontífice conciliante.

Após poucos anos de pontificado, os purpurados bem perceberam a insuficiência da escolha.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Malta: a muralha contra à impiedade islâmica demolida pela Revolução Francesa

Porta de entrada da fortaleza hospitalária de Rhodes
Porta de entrada da fortaleza hospitalária de Rhodes
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Continuação do post anterior: Malta: uma ordem religiosa e militar hierárquica e sacral




Em 1312 foi extinta a Ordem dos Templários, e grande parte dos seus bens reverteu em benefício da Ordem dos Hospitalários.

O mesmo se deu quando Inocêncio VIII decretou, em 1489, a supressão da Ordem do Santo Sepulcro.

Assim, os Grão-Mestres dos Cavaleiros de São João passaram a ter também a dignidade de Mestres da Ordem do Santo Sepulcro, intitulando-se

“Dei gratia Sacrae Domus Hospitalis Sancti Johannis Hierosolymitani et Militaris Ordinis Sancti Sepulchri Dominici Magister humilis, pauperunque Jesu Christi custos” — Por graça de Deus, humilde Mestre da Santa Casa do Hospital de São João de Jerusalém e da ordem Militar do Santo Sepulcro do Senhor e defensor dos pobres de Jesus Cristo.

Em 1309, o Grão-Mestre Foulques de Villaret conduziu os seus cavaleiros diante da ilha de Rhodes e apoderou-se dela. Desde então foram chamados Cavaleiros de Rhodes.

Inspiraram em breve grande terror aos turcos e aos povos árabes, que, estabelecidos sobre a costa da África, só deviam sua prosperidade à pirataria.