segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Santa Aliança católica contra a expansão muçulmana

Papa São Pio V vê miraculosamente a vitória das armadas católicas contra os turcos em Lepanto
O músico Fernando de las Infantas (Córdoba, 1534-1609) quis comemorar a união das forças católicas para enfrentar a expansão do poder otomano no Mediterrâneo sob o impulso do Papa São Pio V.

E compôs a partitura “Ecce quam bonum” – “Oh, como é bom, como é agradável para irmãos unidos viverem juntos”, Salmo 132 (133).

A partitura leva o o subtítulo “com motivo do Sagrado Convênio”. Quer dizer, a Santa Aliança formada pelos Estados Pontifícios, Espanha, Veneza e Malta, no fim de 1570, por iniciativa do glorioso São Pio V.

Veja vídeo
“Oh, como é bom
e agradável para irmãos
viverem juntos”

A Santa Aliança visava cortar o passo à expansão turco-maometana.

E resultou na histórica – e miraculosa – vitória sobre a frota muçulmana em Lepanto.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O velho abade cruzado e o jovem traidor

Montemor o Velho, lenda do abade de Montemor, ©Rui Ornelas
Numa fria noite de Natal, em pleno século IX, o abade Dom João de Montemor, superior de todos os abades de Portugal, regressava à sua casa depois de haver celebrado.

Ao passar por uma das igrejas que havia no caminho, ia persignar-se devotamente, quando o pranto de um menino o deixou surpreso.

Aproximou-se da porta de igreja, e viu que na entrada havia uma criatura que tremia de frio. Com muita compaixão, tomou o menino, arrumou-o bem e o levou consigo ao seu palácio.

Grande foi a admiração de todos os familiares e serventes do abade, ao vê-lo aparecer com uma criança nos braços.

Explicou o ocorrido, e ordenou ao seu mordomo que dispusesse todo o necessário para que o menino abandonado fosse atendido devidamente. Com efeito, tudo de que necessitava foi-lhe proporcionado. E assim foi crescendo o menino, que recebeu o nome de Garcia.

O bom abade Dom João de Montemor, que havia já passado os umbrais da ancianidade, via com júbilo que aquele menino abandonado ia se fazendo galhardo mancebo, e certos temores que havia alentado se desvaneceram. Sucedia que o menino havia sido fruto do pecado, e o abade tinha medo de que no rapaz se demonstrasse a perversidade da sua origem.