terça-feira, 29 de setembro de 2020

Traços da mentalidade e da espiritualidade dos cavaleiros

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Baudouin de Condé crê que o Cavaleiro deve continuar ativo em sua armadura durante todo o tempo que suas forças o permitam.

Até o seio da morte, até o último suspiro, o pensamento e a recordação dos feitos e das batalhas persegue a grande maioria desses homens de armas.

Um deles morre murmurando: - “No céu vou refazer a guerra de espada e de lança”.

Outro moribundo, sem desanimar, pede aos que o estão velando que o ajudem a levantar-se e armar-se para acertar uma quintana.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Na batalha de Poitiers a Cruz franca esmaga o Crescente invasor

Carlos Martel em combate contra Abdul Rahman, Poitiers. J-F-Théodore Gechter, museu do Louvre.  Fundo: queda dos anjos rebeldes, Pieter Bruegel
Carlos Martel em combate contra Abdul Rahman, Poitiers. J-F-Théodore Gechter, museu do Louvre.
Fundo: queda dos anjos rebeldes, Pieter Bruegel
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Marchando para combater vossos inimigos, que seus carros e seus cavaleiros e sua multidão não vos apavore, porque Deus está convosco. Deuteronômio XX

Lemos por toda parte quais foram, desde esses primeiros tempos do islamismo, os sucessos assustadores dos sectários de Maomé.

No fim do século VII, eles tinham se estabelecido sobre a metade do mundo conhecido e cobiçavam as terras delimitadas pelo Mediterrâneo.

A traição de um conde Juliano, indignado com Rodrigo(2), o último rei dos Godos na Espanha, lhes abriram esse belo país; e Rodrigo, vencido no ano de 714, lhos entrega.

Eles se tornaram em poucos anos os mestres de toda a península Ibérica, com exceção das Astúrias, aonde Pelágio se mantém com alguns espanhóis, que o proclamam rei em 718.
Tão logo, ele começou em suas montanhas, para ele e seus sucessores, a primeira luta da Cruz contra o Crescente; e que deveria durar sete séculos e meio.

Mestres de todo o país, fora a cidade de Oviedo e as montanhas das Astúrias, seja pela ambição, pelo ardor do proselitismo, seja pela natureza nômade, os Sarracenos queriam ir mais longe e tomar as Gálias[3].

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Feudalismo, majestade, mando e obediência

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Na Idade Média a maior parte das nações europeias adotava o sistema feudal.

Esse sistema consistia numa série de monarquias grandes, nas quais se encaixavam monarquias pequenas.

Pode ser comparado de algum modo com o sistema interno de governo da Igreja.

O papa é o rei da Igreja, os bispos são príncipes da Igreja sujeitos ao papa, mas com uma autoridade própria sobre os fiéis.

Depois, a seu modo, os vigários, os párocos em relação ao bispo. Forma assim pequenas monarquias encaixadas umas nas outras.

Há aqui uma cavalgada de cruzados, imaginados por um grande gravurista do século XIX (Alphonse-Marie-Adolphe de Neuville, 1835 – 1885), e que foram para a Terra Santa. Ao centro, a figura central é o rei.

Se não for o rei, ele será por exemplo o grão-mestre da ordem dos templários, ou desta ou daquela outra ordem de cavalaria, que está guiando os cruzados na ofensiva contra os maometanos.