segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Monge armênio Hovannés: os Cruzados foram o braço misericordioso do Deus todo-poderoso

Chegada dos cruzados a Antioquia,
Sébastien Mamerot, Les Passages d’Outremer, Fr 5594, BnF

O monge armênio Hovannés [João] que morava em Antioquia durante o sítio cruzado, assistiu à sua subsequente invasão, ao sítio maometano e, por fim à libertação final num combate humanamente inexplicável, deixou uma crônica bastante pormenorizada de como aconteceram esses fatos:

“... Naquele ano [Nota: fala das operações militares do ano 1098] o Senhor visitou o seu povo, segundo está escrito: “Eu não vos abandonarei nem me afastarei de vós”.

“O braço todo poderoso de Deus foi o nosso guia.

“Eles [os Cruzados] trouxeram o estandarte da Cruz de Cristo e depois de ostentá-lo pelo mar, massacraram uma multidão de infiéis e puseram os outros a fugir pela terra.

“Eles tomaram a cidade de Nicéia e a sitiaram por cinco meses.

“Depois vieram ao nosso país na região da Cilícia e da Síria, e atacaram, postando-se em volta da metrópole de Antioquia.

“Durante nove meses eles fizeram a cidade e as regiões vizinhas passarem por momentos difíceis.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A tomada de Antioquia e morte de Yaghi-Siyan

Armaduras dos húsares de Jan III Sobieski, rei da Polônia
Em 1097, quando a I Cruzada chegou a grande cidade de Antioquia, Yaghi Siyan era seu governador e pertencia a seita fanática muçulmana dos seljúcidas, que havia conquistado Terra Santa.

Ficou mais conhecido pelos cronistas europeus como Acxiano, Graziano ou Cassiano.

Ele se viu em dificuldades quando o exército católico iniciou o cerco da cidade no fim de 1097.

Embora os cruzados estivessem famintos, mantiveram o cerco durante a maior parte do ano até que, por fim, tomaram a cidade na noite de 2 a 3 de junho de 1098.

O historiador árabe Ali ibn al-Athir assim escreveu sobre a queda da cidade em mãos católicas:

“Após manter o cerco por longo tempo, os francos fizeram tratativas com um dos responsáveis por uma das torres cujo nome era Ruzbih [ou Firuz, ou Firouz]. Ele era fabricante de couraças. Pelos serviços, os francos pagaram uma fortuna em dinheiro e terras. O seu local de trabalho era na torre que ficava sobre o rio, no lugar onde ele deixa a cidade em direção ao vale.