O sonho das duas colunas, basílica de Maria Ausiliatrice, Turim |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O sonho das duas colunas de Don Bosco: a crise,
a morte do Papa, o novo Papa e o triunfo da Eucaristía e de Maria Auxiliadora
E aconteceu em 26 de maio de 1862 que São João Bosco tinha prometido a seus jovens que lhes narraria algo muito agradável nos últimos dias do mês.
“Quero-lhes contar um sonho. É certo que o que sonha não raciocina; contudo, eu que contaria a Vós até meus pecados se não temesse que saíssem fugindo assustados, ou que caísse a casa, este o vou contar para seu bem espiritual. Este sonho o tive faz alguns dias.
“Figurem-se que estão comigo junto à praia, ou melhor, sobre um escolho isolado, do qual não veem mais terra que a que têm debaixo dos pés.
“Em toda aquela vasta superfície líquida via-se uma multidão incontável de naves dispostas em ordem de batalha, cujas proas terminavam em um afiado esporão de ferro em forma de lança que fere e transpassa todo aquilo contra o qual arremete.
“Estas naves estão armadas de canhões, carregadas de fuzis e de armas de diferentes classes; de material incendiário e também de livros, e dirigem-se contra outra nave muito maior e mais alta, tentando cravar-lhe o esporão, incendiá-la ou ao menos fazer-lhe o maior dano possível.
“A esta majestosa nave, provida de tudo, fazem escolta numerosas navezinhas que dela recebiam as ordens, realizando as oportunas manobras para defender-se da frota inimiga. O vento lhes era adverso e a agitação do mar parece favorecer aos inimigos.
“Em meio da imensidão do mar levantam-se, sobre as ondas, duas robustas colunas, muito altas, pouco distantes a uma da outra.
“Sobre uma delas está a estátua da Virgem Imaculada, a cujos pés vê-se um amplo cartaz com esta inscrição: Auxilium Christianorum. (Auxilio dos Cristãos, ou Maria Auxiliadora)
“Sobre a outra coluna, que é muito mais alta e mais grossa, há uma Hóstia de tamanho proporcionado ao pedestal e debaixo dela outro cartaz com estas palavras: Salus credentium. (Salvação dos crentes)
Detalhe do quadro do sonho, basílica de Maria Ausiliatrice, Turim |
“Todos os pilotos sobem à nave capitaneada e congregam-se ao redor do Papa. Celebram conselho; mas ao ver que o vento aumenta cada vez mais e que a tempestade é cada vez mais violenta, são enviados a tomar novamente o mando de suas respectivas naves.
“O Pontífice empunha o leme e todos seus esforços vão encaminhados a dirigir a nave para o espaço existente entre aquelas duas colunas, de cuja parte superior pendem numerosas âncoras e grosas argolas unidas a robustas cadeias.
“As naves inimigas dispõem-se todas a assaltá-la, fazendo o possível por deter sua marcha e por afundá-la. Umas com os escritos, outras com os livros, outras com materiais incendiários dos que contam em grande abundância, materiais que tentam arrojar a bordo; outras com os canhões, com os fuzis, com os esporões: o combate torna-se cada vez mais encarniçado.
“As proas inimigas chocam-se contra ela violentamente, mas seus esforços e seu ímpeto resultam inúteis. Em vão reatam o ataque e gastam energias e munições: a gigantesca nave prossegue segura e serena seu caminho.
“Às vezes acontece que por efeito dos ataques de que lhe são objeto, mostra em seus flancos uma larga e profunda fenda; mas logo que produzido o dano, sopra um vento suave das duas colunas e as vias de água fecham-se e as fendas desaparecem.
“Disparam enquanto isso os canhões dos assaltantes, e ao fazê-lo arrebentam, rompem-se os fuzis, o mesmo que as demais armas e esporões. Muitas naves destroem-se e afundam no mar.
O novo Pontífice guia a nave até as duas colunas, Maria Ausiliatrice, Turim |
“O Pontífice é ferido uma segunda vez, cai novamente e morre. Um grito de vitória e de alegria ressoa entre os inimigos; sobre as cobertas de suas naves reina um júbilo inexprimível.
“Todas as naves que até aquele momento tinham lutado contra a embarcação capitaneada pelo Papa, dão-se à fuga, dispersam-se, chocam entre si e destroem-se mutuamente. Umas ao afundar-se procuram afundar às demais.
“Outras navezinhas que combateram valorosamente às ordens do Papa, são as primeiras em chegar às colunas onde ficam amarradas.
“Outras naves, que por medo ao combate retiraram-se e que se encontram muito distantes, continuam observando prudentemente os acontecimentos, até que, ao desaparecer nos abismos do mar os restos das naves destruídas, remam rapidamente em volta das duas colunas, e chegando às quais se amarram aos ganchos de ferro pendentes das mesmas e ali permanecem tranquilas e seguras, em companhia da nave capitã ocupada pelo Papa. No mar reina uma calma absoluta.”
"Preparam-se dias difíceis para a Igreja" (Don Bosco) |
— O que pensas desta narração?
São Miguel Rúa respondeu:
— Parece-me que a nave do Papa é a Igreja da qual ele é a Cabeça: as outras naves representam aos homens e o mar ao mundo. Os que defendem à embarcação do Pontífice são os fieis à Santa Se; os outros, seus inimigos, que com toda sorte de armas tentam aniquilá-la. As duas colunas salvadoras parece-me que são a devoção a Maria Santíssima e ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia.
“Os inimigos da Igreja estão representados pelas naves que tentam afundar a nave principal e aniquilá-la se pudessem. Só ficam dois meios para salvar-se dentro de tanto desconcerto! Devoção a Maria.
“Frequentação dos Sacramentos: Comunhão frequente, empregando todos os recursos para praticá-la nós e para fazê-la praticar a outros sempre e em todo momento. Boa noite!
Tradução do blog Os Sonhos de São João Bosco (hoje removido)
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No Alcorão há um capitulo inteiro sobre a Virgem Maria. Os muçulmanos crêem na Imaculada Conceição (ao contrário duns outros hereges malcriados que têm inimizade com a Mulher), mas não crêem que Jesus (Isa para eles) é o Cristo, o Messias, que fora crucificado e ressuscitado. Crêem que ele ascendeu aos céus e, portanto, está vivo e voltará, mas para quebrar todas as cruzes e matar todos os porcos. Seria cômico, não fosse trágico. Mas voltando à Virgem Maria. Lela Marién (basta lermos no Don Quijote de La Mancha e ver os relatos atuais) tem levado muitos muçulmanos a conhecerem (através de sonhos, visões etc.) e se entregar ao seu Filho, Jesus Cristo. Quem nega o Filho, nega o Pai; e quem vos nega, nega a mim. Os muçulmanos, pela Mãe de Cristo, Nosso Senhor, são levados a conhecerem o Redentor e Salvador, aceitando, portanto, o Pai, o Filho e o Espírito Santo – e é claro, a Mãe do Nosso Senhor. Viva Maria Santíssima! Que pela intercessão e intermédio da Virgem Maria (Lela Marién) muitos muçulmanos vão ao Cristo e aceitem-No como Salvador. Façam o que Ele manda, diz Maria Santíssima. Salve Maria! Viva Cristo Rei! Amém.
ResponderExcluirNotas:
“CAPÍTULO XL, Donde se prosigue la historia del cautivo”, Centro Virtual Cervantes.
“Maria e os muçulmanos”, Fulton Sheen.