segunda-feira, 22 de maio de 2017

Castelo de Lourdes: marco vitorioso contra o Islã

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








No pináculo de um rochedo, protegendo, como um guerreiro, a pequena cidade de Lourdes onde Nossa Senhora quis se manifestar, ergue-se altaneiro um castelo-fortaleza.

Ele fica numa posição de domínio sobre o verdejante vale que se estende a seus pés.

Como fundo de quadro, nos confins do horizonte, parecendo desafiar o castelo-fortaleza, sobressaem grandiosas montanhas nevadas - contrafortes dos Pirineus.

Em estilo românico, com grossas e altas paredes de pedra, poucas e estreitas janelas, possante torre.



O donjon, ou torre de menagem, domina o conjunto.

O castelo protege Lourdes e é bem visível desde a gruta de Massabielle.

Ali Nossa Senhora apareceu a Santa Bernadette.

Ele é certamente um dos símbolos mais expressivos da vitória dos católicos contra os mouros na França.

É muito pouco conhecido que no local aconteceu uma vitória miraculosa, obtida por Nossa Senhora para Carlos Magno, mais de mil anos antes de que Ela começasse a fazer milagres em série na Gruta.

Vejamos este milagre.

A primitiva fortaleza, existente no local do castelo, era dominada por um chefe sarraceno, chamado Mirat.

Em 778, Carlos Magno, o invencível imperador cristão, com seus francos a cercou e tentou conquistá-la pela fome.

O imperador Carlos Magno manda tomar a fortaleza moura de Lourdes, vitral na capela do castelo
O misterioso prodígio: uma águia traz um peixe aos mouros que passavam fome, vitral na capela do casteloAconteceu, entretanto, que uma águia, sobrevoando a fortaleza, deixou cair no seu interior uma truta que acabava de pescar no lago vizinho.

Mirat mandou levar o peixe a Carlos Magno com uma mensagem, mostrando que uma praça tão abastecida em víveres poderia resistir ainda por muito tempo.

Carlos Magno enviou, então, ao comandante mouro um de seus embaixadores, o santo bispo de Puy.

O corajoso prelado enfrentou ou infiel.

E lhe propôs que se ele, Mirat, julgava se rebaixar capitulando nas mãos do mais ilustre dos homens - isto é, Carlos Magno, o chefe dos francos ­- o bispo lhe propunha uma saída honorável.

Se render à famosa imagem venerada no centro da França de Nossa Senhora de Puy-en-Velay. Isso poderia acontecer sem menoscabo da honra do chefe islâmico.

Conversão e rendição miraculosa do emir de Lourdes, vitral na capela do casteloMirat, tocado pela graça de Nossa Senhora aceitou a proposta. Ele rendeu-se e pediu o batismo.

Foi batizado com o nome de Lorus.

De ali provêm o onde o nome de Lourdes para a cidade.

Lorus - o ex-Mirat - conduziu seus guerreiros em peregrinação ao rochedo de Puy-en-Velay, para venerar a imagem da Santíssima Virgem.

Ainda hoje, as armas da cidade de Lourdes trazem três torres sobre as quais plana uma águia, tendo no bico uma truta.

E uma escarpa do rochedo conservou o nome de "Rochedo da Águia".





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Um comentário:

  1. Na Idade Média o local era parte do Império visigodo e depois dos Cristãos livres e não de França. Este país ocupou a zona muito mais tarde. Aliás as palavras de nossa Senhora em Massabielle não foram em francês, mas num dialeto espanhol: «Que soy la Immaculada Concepciou» (?).
    As histórias de Carlos Magno são desmentidas pela arqueologia: o cemitério do exército francês, que nunca passou os Pirenéus está em Arles. O que aconteceu foi a tentativa de dominar os que restava em liberdade do Imperio visigótico.

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