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Coroação de Amaury I, rei de Jerusalém Biblioteca Nacional da França, Mss fr 68, folio 297v |
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A morte do rei de Jerusalém Amaury I [pai de Balduíno IV] foi um desastre. Jamais uma desaparição teve tão graves consequências para o destino de um Estado.
Como político audacioso, Amaury optou por vias novas, com iniciativas através das quais a Cruzada seria triunfante ou ferida de morte.
Após conseguir durante um momento estabelecer o protetorado franco sobre o Egito, viu seu intento virar contra ele e o Egito cair precisamente no poder do mais temível dos chefes muçulmanos: o grande Saladino.
Mas a última palavra ainda não havia sido pronunciada e tudo podia ser consertado. Porém, o destino levou-o brutalmente no momento decisivo.
Sua morte deixara o campo livre para Saladino. Este se apresentou em 25 de novembro de 1174 diante de Damasco, entrou sem encontrar resistência e anexou a grande cidade.
Homs e Hama tiveram a mesma sorte. Com exceção de Alepo, Saladino ficou dono da Síria muçulmana e do Egito.
Virada catastrófica de situações! Na véspera, o reino franco de Jerusalém se beneficiava da divisão político-confessional entre o Cairo e a Síria, manipulando à vontade a anarquia muçulmana e apresentando-se como árbitro do Oriente.