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São Gregório VII |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Coube ao Papa São Gregório VII (1020-1085) a honra de inspirar o movimento das cruzadas. Seu plano resulta claro na carta de 1074 reproduzida embaixo, mas que no seu tempo não chegou a ser enviada.
Aconteceu que São Gregório VII teve que enfrentar a revolta do imperador Henrique IV e não pôde completar seu determinado projeto.
Entre seus assessores mais próximos estava o futuro Urbano II. São Gregório VII externou o desejo que ele fosse eleito para sucedê-lo.
Por sua vez, Urbano deixou bem claro aos Cardeais que de ser eleito continuaria a pastoral intransigente de São Gregório VII face à baixa moralidade de certo clero mundanizado, a simonia, a nomeação de bispos pelo poder temporal e a luta contra os inimigos da Cristandade sobre tudo o Islã.
Os Cardeais, entretanto, temeram continuar na linha do Santo Gregório VII e escolheram um pontífice conciliante.
Após poucos anos de pontificado, os purpurados bem perceberam a insuficiência da escolha.
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Beato Urbano II |
Quando o Bem-aventurado Papa Urbano II (1042-1099) convocou a I Cruzada em 1095 a situação não era materialmente diferente de 1074.
O Beato Papa convocou o concílio de Clermont-Ferrand e fez o inspirado e épico sermão que atraiu a graça das Cruzadas.
Nesse sermão, ele retomou o essencial das idéias de São Gregório VII contidas na carta de 1074.
Por isso, pode se disser com certeza que o Beato Urbano II convocando a Cruzada, não fez outra coisa senão realizar o que estava na mente de São Gregório VII.
Eis a carta do santo Papa: