terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Jorge Castriota, 'Skanderbeg' (I): espada e escudo da Cristandade

Skanderbeg , heroi católico albanes na luta contra os turcos

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Príncipe da Albânia, cognominado pelo Papa Calixto III de atleta de Cristo, "durante vinte e quatro anos inteiros opôs vitoriosa resistência aos exércitos turcos, com freqüência 10 a 20 vezes mais numerosos que o seu".(1)

Jorge era o mais novo dos filhos do Príncipe João Castriota, senhor de Ematie, na Albânia, e da Princesa sérvia Voizava, tendo nascido no ano de 1414.

Quando, em 1423, o sultão turco Amurath II invadiu a Albânia, o Príncipe João, para salvar o reino, não podendo pagar a vultosa soma que lhe era exigida como dano de guerra, precisou dar como reféns ao vencedor seus quatro filhos, Estanislau, Reposio, Constantino e Jorge.

Dos quatro, dois morreriam envenenados; um terceiro, retornando à Albânia, entraria num mosteiro; e somente o caçula, Jorge, tornar-se-ia um grande guerreiro.

Chegados à Turquia, os três mais velhos foram postos no calabouço, pois não estavam dispostos a renunciar à sua fé. Como Jorge tinha apenas nove anos e era de muito boa presença, foi circuncidado e educado no islamismo. Mas, em segredo, guardou a fé de seus pais.

Tanta era a estima que tinha por ele o sultão, devido às suas inatas qualidades, que fez com que lhe ensinassem o árabe, o turco, o eslavo e o italiano, além do exercício das armas.

Skanderbeg, um novo Alexandre Magno


Aos 18 anos foi nomeado sandiak. Posto à frente de um exército de cinco mil ginetes, passou para a Ásia, onde demonstrou um valor extraordinário.

Foi aí que recebeu dos turcos o sobrenome de Iskander-bei (príncipe ou chefe Alexandre, em alusão a Alexandre o Magno), que os albaneses mudaram para Skanderbeg.

Skanderbeg, George Castriota, museo de Kruja, cruzado e salvador da identidade nacional albanes“Dele se diz que era de aspecto majestoso, e dotado de uma força fora do comum. [...]

“Conta-se que, durante um combate, logrou com um só golpe cortar em dois um guerreiro protegido com couraça”.(2)

“Todos os contemporâneos o elogiam como um dos mais belos e esforçados caracteres varonis daquele século. [...]

“Sua afeição aos combates era tão grande, que o dar uma batalha de quando em quando constituía para ele uma necessidade.

“ Nele se juntavam o valor do soldado e o olhar penetrante do general; suas forças corporais apenas podiam esgotar-se com esforços, e a rapidez de seus movimentos militares trazia à memória os de César”.(3)

Entretanto, Skanderbeg não se esquecia de seu país e procurava uma ocasião para a ele retornar.

Em 1432, com a morte de seu pai, deveria herdar suas possessões. Mas o sultão, em vez de lhe dar o território que lhe competia por herança, quis tê-lo para si.

E enquanto mandava um dos seus chefes tomar conta dele, mandou Skanderbeg invadir a Sérvia.

Jorge aproveitou-se do momento imediatamente precedente à batalha para passar para o lado sérvio. Antes, porém, tinha forçado o secretário de Estado do sultão a entregar-lhe uma ordem, dirigida ao comandante de Kruja, na Albânia, para que reconhecesse o portador como seu sucessor no comando daquela praça e lha entregasse.

Líder das tropas albanesas, cruzado contra os otomanos


Nossa Senhora do Bom Conselho de Scutari, Skanderbeg foi grande devoto dela
Nossa Senhora do Bom Conselho de Scutari, Skanderbeg foi grande devoto dela
Depois da batalha, vencida pelos cristãos sérvios, Skanderbeg refugiou-se nas montanhas, com 600 cristãos fugidos das tropas turcas e mais alguns montanheses.

Tendo entrado em Kruja, onde recebeu o comando da praça, à noite abriu as portas para seus partidários, que aniquilaram a guarnição turca. Skanderbeg chamou depois todos os seus parentes e albaneses a Kruja, para tomarem parte na libertação de seu país.

A insurreição se alastrou com tal rapidez, que em pouco tempo Skanderbeg havia tomado as principais praças da região.

Convocou então uma reunião em Alessio, em território veneziano, da qual participaram albaneses e venezianos, sendo eleito indiscutível chefe, aclamado por todos.

Posto à frente de sete mil infantes e oito mil cavaleiros, Skanderbeg enfrentou e derrotou em 1444 um exército turco de 40 mil homens, comandado por Ali Pachá.

Skanderbeg procurou unir-se com a Hungria e a Transilvânia na luta contra os otomanos, e aderiu ao plano de Cruzada proposto pelo Papa Eugênio IV.

No ano de 1448, Skanderbeg derrotou mais uma vez os turcos comandados pelo paxá Mustafá, fazendo-o prisioneiro como a outros de seus oficiais, por cuja liberdade exigiu vultosa soma.


continua no próximo post: Skanderbeg (II), herói da Cristandade e flagelo dos turcos

(Autor: José Maria dos Santos, "Catolicismo", abril de 2004)


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Por que líderes católicos ignoram o martírio de seus irmãos na Fé?

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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O jornalista árabe muçulmano Bassam Tawil externou seu pasmo vendo a apatia do mundo católico ocidental quando um míssil teleguiado do grupo terrorista Hisbolá atingiu em cheio a Igreja Greco-Católica de Santa Maria em Iqrit, norte de Israel.

O ataque feriu gravemente um fiel de 85 anos. O Hisbolá se vangloriou do crime num vídeo dos seus mísseis demolindo a igreja.

Enquanto isso acontecia o Papa Francisco I insinuava que Israel é culpado do assassinato de duas mulheres católicas no complexo da Paróquia Católica da Sagrada Família, na Faixa de Gaza.

O papa ecoou falsas alegações do Hamas e de outros grupos terroristas. Mas não foi um fato isolado, explicável por razões pontuais, mas corresponde a uma linha de conduta que já tem vários anos, observou o muçulmano Tawil.

Quando os maometanos martirizam católicos no Oriente, os líderes de sua Igreja fingem não tomar conhecimento. Por quê?

Cada vez há mais provas de que terroristas islâmicos do Hamas utilizam igrejas para lançar seus foguetes, como revelou sem vergonha até Mons. Alexios, arcebispo grego ortodoxo de Gaza.

Fontes militares europeias e dos EUA atribuíram o ataque ao Hospital Al-Ahli na Faixa de Gaza, a um foguete árabe e desqualificaram o número de mortos aduzido pelo Hamas.

Porém, o Patriarcado Latino de Jerusalém adotou em comunicado a fake dos terroristas corânicos de que as vítimas “foram baleadas a sangue frio”, e tudo sem qualquer prova, exclama Tawil.

Apontando com dedo acusatório ao lado não culpado, o Papa e o Patriarcado Latino em Jerusalém adotam as falsas alegações do Hamas. Num piscar de olhos, levantaram falso testemunho e nem se incomodaram com a investigação do incidente da igreja em Gaza.

Assim também age a grande mídia no Ocidente.

Onde estavam o Papa e demais organizações católicas quando seus irmãos na Fé eram sistematicamente visados e perseguidos pela ramificação da Irmandade Muçulmana? Perguntou o muçulmano Tawil.

“O Hamas está transformando (as áreas controladas pelos palestinos) numa teocracia islâmica, e os cristãos são continuamente discriminados.

Grupos como o Hamas e a Jihad Islâmica conceberam uma cultura de ódio contra os cristãos que produz numerosos atentados, escreveu o advogado internacional de direitos humanos Justus Reid Weiner.

Weiner diz que esses crimes religiosos se inspiram no pensamento primordial do Islã:

“no Islã cristãos e judeus recebem o status social inferior ou dhimmitude.

“A dhimma é um contrato legal de submissão imposto a judeus e cristãos que os sujeita a restrições legais e culturais sob a lei islâmica.

“Os muçulmanos podiam andar a cavalo, mas cristãos e judeus só podiam montar burros.

“Os muçulmanos podiam usar tecidos finos, mas cristãos e judeus só podiam usar tecidos grossos”.

Weiner observa que: “na sociedade palestina, os cristãos árabes não têm voz nem proteção. 70% dos cristãos árabes da Cisjordânia e Gaza agora vivem no exterior”.

No Natal, na Nigéria, 160 cristãos foram assassinados em ataques coordenados por grupos islamitas.

Em 2022 a Nigéria foi o nº 1 do mundo no sinistro ranking de cristãos martirizados pela sua fé.

Porém, quando se cometem essas atrocidades, raramente se ouve as vozes dos próprios líderes católicos ocidentais que dizem se preocupar com o bem-estar e a segurança de todos os homens.

Esses líderes estão causando enormes danos aos seus rebanhos, diz perplexo Tawil. E acrescentamos nós, escandalizam até muitos muçulmanos cultos como Tawil.

A insensibilidade desses líderes faz e ainda fará que os cristãos sejam alvo de ataques mais ferozes do que nunca.

Eles estão dando luz verde ao Hamas, ao Hezbolá e a outros terroristas islâmicos para que assassinem e destruam locais sagrados dos católicos.

Qual é então a sinceridade de suas exigências pela paz, pela vida, pelos direitos do homem, pelo ecumenismo, quando não parecem se importar até quando o banho de sangue de mártires os salpica sem cessar?


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terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Islâmicos em pé de guerra dentro da Europa

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Nova e abrangente pesquisa de opinião mostrou que 49% dos muçulmanos franceses querem que os católicos se convertam ao Islã, 36% querem transformar as igrejas católicas em mesquitas e 25% deles rejeitam a palavra “França”.

A pesquisa foi publicada no fim de janeiro de 2024 pelo jornal dominical francês Le Journal du Dimanche, e foi comentada por Guy Millière, professor da Universidade de Paris, autor de 27 livros sobre a França e a Europa, no reputado Gatestone Institute.

O prof. Millière observa que na França do século XXI esses sentimentos islâmicos ultrapassaram o ódio comum.
Quarenta e cinco por cento dos muçulmanos franceses diz querer a total destruição de Israel. Se for com esse fim, aprovam o massacre, estupro, tortura, decapitação e a queima de inimigos vivos como um “ato de resistência”.

Na França homens vêm sendo decapitados por muçulmanos radicalizados, inclusive são vitimados sacerdotes católicos ecumenistas com o Islã e outras religiões.

O Pe. Jacques Hamel, para citar só um exemplo, foi decapitado em 26 de julho de 2016 em Saint-Étienne-du-Rouvray, na Normandia, enquanto celebrava uma missa numa igreja quase vazia.

E os assassinos foram muçulmanos cuja comunidade o vitimado sacerdote beneficiava.

A França com pelo menos 751 “zonas proibidas sensíveis” é o país europeu com o maior número dessas zonas. Os verdadeiros mandantes nelas são gangues muçulmanas e imãs radicais.

Os não-muçulmanos ainda podem morar ali, sob a condição de aceitarem o status de dhimmi (tolerados como cidadãos de segunda categoria), baixarem a cabeça e admitirem residir em jurisdição do Islã.

As gangues não respeitam mais a polícia. Não estranha que mais de 70% dos presidiários sejam maometanos.

Os cristãos franceses são insultados caso ostentem uma cruz na rua. A cada ano, dezenas de igrejas francesas são profanadas e saqueadas.

Mais de 120 ataques com facadas ocorrem todos os dias e podem acontecer a qualquer hora em qualquer lugar.

Os criminosos dizem à polícia que esfaquearam as vítimas porque odeiam os infiéis e odeiam a França.

Os jornais só informam dos ataques mais sanguinários e envolvem com um véu de silêncio estupros, agressões e espancamentos, e demais atentados.

Éric Zemmour, único político que falou que um crescente perigo islâmico ameaça a França apanhou inúmeras condenações judiciárias e pesadas multas por “provocar a discriminação e o ódio em relação à comunidade muçulmana”.

Até os padres 'ecumênicos' e dialogantes acabam sendo assassinados
Em 2020 o presidente francês Emmanuel Macron disse que combateria o “separatismo islâmico” sem sequer enxergar que os islâmicos não querem se “separar”, mas sim sujeitar a população francesa sob seu arbítrio, alerta o prof. Millière.

No livro “A guerra civil está vindo” publicado em 2016, o jornalista francês Ivan Rioufol, escreveu: “Se não forem tomadas decisões emergenciais com extrema rapidez e se não cessar a virtual cegueira voluntária generalizada dos líderes do país, o futuro da França será trágico e violento”.

Cerca de 10% da população francesa de 67,75 milhões é composta por muçulmanos e por volta de 2050, a percentagem pulará para 17%, de acordo com o Pew Research Center.

Situação parecida se verifica em outros países da Europa Ocidental. Melanie Phillips, jornalista britânica, em seu livro “Londonistan” de 2006, registrou zonas de Londres controladas pela lei islâmica, a Sharia, que “60% dos muçulmanos querem estabelecer na Grã-Bretanha”.

Na Alemanha, Bélgica, Suécia e Holanda já há zonas onde se impõe a Sharia.

O ex-chefe da Agência de Inteligência Interna da Alemanha, órgão federal para a proteção da Constituição, Hans-Georg Maaßen, enfatizou em entrevista que os “europeus irão sucumbir ao Islã”.

Em 2015, o escritor argelino Boualem Sansal em “2084: O fim do Mundo” prevê um futuro totalitário no qual um califado opressor abole a liberdade de pensamento e de ação.



Sobre a França de 2084 respondeu sem pestanejar “será islamita e a Europa também”.

Se os europeus não quiserem abrir os olhos e agir, diz o prof. Millière, poderá se dizer que nós testemunhamos o fim da civilização europeia cristã.
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