“Sete passos até o Inferno”: livro denuncia inércia das elites ante o banimento da cultura cristã pela islâmica. Foto em Paris |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
“Sete passos até o Inferno” é o sugestivo título do novo livro em que Alain Chouet, ex nº 2 da DGSE, o poderoso serviço de contra-inteligência francês, acusa as elites europeias de displicência culpada diante da substituição da civilização outrora cristã pela islâmica, recenseou Giulio Meotti, editor cultural do diário Il Foglio, para o Gatestone Institute.
Chouet lembra que, quando proferia uma palestra anual em Molenbeek, subúrbio de Bruxelas, apresentou-se Philippe Moureaux, prefeito socialista da cidade e chefão do Partido Socialista da Bélgica, com dois imponentes guarda-costas trajando robes muçulmanos, de barbas e boinas brancas.
E diante de toda a plateia, o prefeito interrompeu a sessão acusando o palestrante de provir de um país – a França – que torturou muçulmanos na Argélia, se referindo a fatos de metade do século XX.
A atitude provocativa do procedimento, diz Chouet, é típica desde o final dos anos 1980, quando a esquerda europeia foi atrás do islamismo militante.
Em Molenbeek as novas mesquitas, escolas islâmicas privadas, clubes culturais e desportivos, generosamente subsidiados pela Arábia Saudita, recebem autorizações sem controle.
Na Noruega |
Chouet acusa os líderes políticos europeu de se desinteressarem pela ascensão do Islã radical alegando 'correção política'.
O estrondoso salto da esquerda radical que postulava o candidato presidencial Jean-Luc Mélenchon, do partido “França Rebelde”, se deveu a que ele obteve 69% do voto muçulmano.
O filósofo francês Alain Finkielkraut entrevistado pela TV Europe 1 denunciou que seu país “está apostando na Grande Substituição” dos povos europeus pelos africanos, asiáticos e do Oriente Médio.
“A substituição demográfica da Europa é extremamente espetacular”, acrescentou. De fato, nos subúrbios e nas grandes cidades da França com alto índice de imigração o candidato da ultraesquerda obteve 60% dos votos nas eleições presidenciais de 2022.
Mélenchon participava das “marchas contra a islamofobia” e pressagiava: “em 2050, 50% da população francesa será mista”.
O editor cultural do diário Il Foglio denuncia uma inversão em que a demografia governa a democracia. A reviravolta adotou a linguagem progressista e dos símbolos da “cultura Woke”, para impor uma sociedade austera, intransigente e fundamentalista.
A “cultura Woke” finge ser “inclusiva”, mas exclui implacavelmente grupos inteiros com flagrante base racista em função da cor da pele visando os brancos cristãos, ou à etnia dos judeus, como manda o Corão.
A cultura Woke é o terreno ideal para a entrada formal do Islã político na Europa ostentando bem alto e agressivamente a bandeira racista, discriminatória e até criminosa.
A France Strategy, instituição autônoma que serve ao primeiro-ministro, mostrou que em 25 cidades da França porcentagem de jovens não europeus varia entre 70% a 79%, e mais de 70% deles residem em quatro cidades de Seine-Saint-Denis, periferia de Paris.
Em Montpellier, “há mais muçulmanos praticantes do que cristãos praticantes e, as igrejas não estão muito cheias e as mesquitas estão repletas”, noticiou o jornal Midi Libre.
Na Alemanha |
Em Roubaix, cidade 40% muçulmana, Mélenchon obteve 50% dos votos. Na cidade alsaciana de Mulhouse, como modelo de Macron para conter o Islã político, Mélenchon obteve 36% dos votos.
Em Nîmes, de acordo com “Le Monde”, “a parcela de habitantes nascidos fora da Europa subiu de 7,3% para 16,3% entre 1990 e 2017”.
Na Alemanha, a MedienDienst Integration observou que 83 parlamentares do Bundestag, 11,3% são estrangeiros, com destaque para turcos e balcânicos... Os parlamentares sociais-democratas de origem imigrante passaram de 10% para 17% na última eleição.
O partido de ultraesquerda Die Linke tem o maior percentual de parlamentares de origem imigrante: 28,2%.
Em Westminster, Londres |
“O que presenciamos hoje nas grandes cidades será a normalidade futuramente em todo o país. Em uma cidade como Frankfurt, teremos entre 65% e 70% de habitantes de estrangeiros”.
Em cinco anos tornar-se-á na França o cenário da novela “Submissão” de Michel Houellebecq, onde um Irmão muçulmano “moderado” é eleito presidente?
“Hoje”, reflete o filósofo Alain Finkielkraut, “há 145 mesquitas em Seine-Saint-Denis em comparação com 117 igrejas”.
O futuro está invadindo pela porta demográfica dos fundos e assustadoramente.
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