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Carlos Martel em combate contra Abdul Rahman, Poitiers. J-F-Théodore Gechter, museu do Louvre.
Fundo: queda dos anjos rebeldes, Pieter Bruegel |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
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Marchando para combater vossos inimigos, que seus carros e seus cavaleiros e sua multidão não vos apavore, porque Deus está convosco. Deuteronômio XX
Lemos por toda parte quais foram, desde esses primeiros tempos do islamismo, os sucessos assustadores dos sectários de Maomé.
No fim do século VII, eles tinham se estabelecido sobre a metade do mundo conhecido e cobiçavam as terras delimitadas pelo Mediterrâneo.
A traição de um conde Juliano, indignado com Rodrigo(2), o último rei dos Godos na Espanha, lhes abriram esse belo país; e Rodrigo, vencido no ano de 714, lhos entrega.
Eles se tornaram em poucos anos os mestres de toda a península Ibérica, com exceção das Astúrias, aonde Pelágio se mantém com alguns espanhóis, que o proclamam rei em 718.
Tão logo, ele começou em suas montanhas, para ele e seus sucessores, a primeira luta da Cruz contra o Crescente; e que deveria durar sete séculos e meio.
Mestres de todo o país, fora a cidade de Oviedo e as montanhas das Astúrias, seja pela ambição, pelo ardor do proselitismo, seja pela natureza nômade, os Sarracenos queriam ir mais longe e tomar as Gálias[3].