A queda de Acre efetivamente pôs fim à presença franca e cristã na Terra Santa.
Como seus predecessores, o Papa Nicolau IV não admitia que cessassem as campanhas cruzadas e aplicou esforços consideráveis, embora mal sucedidos, para convocar uma nova cruzada.
O zelo que o Papa Nicolau demonstrou pela realização de uma cruzada após a queda de Acre pôde ter sido inspirado pelas críticas ao primeiro período de seu pontificado, especialmente no sentido de uma falta de atenção pelas questões de Oriente.
Sob o influxo da queda de Trípoli em 1289, um ano só após a eleição de Nicolau, ele foi interpelado por um mensageiro templário vindo de Oriente. Os templários criticavam o apóio do Papa Nicolau aos esforços cruzados na Sicília e observavam que tais recursos e forças deveriam ser aplicados na Terra Santa.
Frederico II forçou o Papa a desviar recursos destinados à Cruzada |
Entre os assuntos tratados figurava a união dos Cavaleiros Templários e os Cavaleiros de São João considerando que as tensões entre as duas Ordens possibilitaram a queda de Acre. A união das duas Ordens não era uma idéia nova. Ela já fora discutida no Concílio de Lyon em 1274.
Impactado pela queda desastrosa de Trípoli em 1289 e Acre em 1291, as duas acontecidas durante seu pontificado, Nicolau IV ficou aberto a toda solução potencial e encorajou um largo debate visando a união das Ordens.
Em fim de contas o empenho do Papa não produziu nada decisivo no sentido de desencadear outra cruzada. A morte do Pontífice em 1292 pôs fim a essa perspectiva.
As Cruzadas a Terra Santa ficaram paralisadas pelas dissensões criadas no seio do cristianismo europeu por heresias e por revoltas como a do imperador Frederico II.
Esses atos de desobediência contra a hierarquia e a ortodoxia da Igreja Católica preanunciaram a explosão da Revolução gnóstica e igualitária cujos desdobramentos nefastos fazem-se sentir até o dia de hoje.
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