terça-feira, 27 de setembro de 2022

Proezas portuguesas contra os mouros

Dom Afonso II, rei de Portugal
Dom Afonso II, rei de Portugal
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




No tempo de el-rei Afonso II foram vencidos em Salácia (Alcácer do Sal) mais de 60.000 mouros.

E na célebre batalha do Salado, em que el-rei D. Afonso IV de Portugal ajudou nervosamente a el-rei de Castela, morreram 200.000, pelo cômputo mais escasso.

Reinando D. Afonso V, cercou el-rei de Fez a Alcácer Ceguere, com 30.000 cavalos e inumeráveis de pé, mas saindo de dentro pouco mais de 30 cavaleiros portugueses, mataram tantos que os outros, com medo, levantaram o cerco.

A mesma felicidade se viu na tomada de Ceuta em tempo de el-rei Dom João I, e nas de Arzila e Tânger em tempo do dito D. Afonso V, e nos famosos sítios que sustentaram nossos capitães nestas praças, e na de Mozagão, e nas de Diu, Calecute, Chaul, Columbo, Cananor, Cochim, Malaca, contra mui poderosos inimigos.

No cerco de Diu, que sustentou o grande capitão Antônio da Silveira, sendo Fernão Penteado ferido gravemente na cabeça, foi ao cirurgião para que o curasse.

E achando-o ocupado na cura de outros, enquanto aguardava a sua vez, ouviu estrondo de um rebate que os turcos davam.

Não lhe sofrendo o coração não se achar nele, correu àquela parte onde, envolvido na refrega, ganhou segunda ferida grave na cabeça.

Com que apertado, tornou ao cirurgião, a quem achou ainda mais ocupado que antes.

E como neste tempo os turcos apertassem muito com os nossos, ele tornou a acudir com grande alvoroço, onde recebeu terceira cutilada no braço direito; e veio curar-se de todas três.

Dom Afonso IV, rei de Portugal
Dom Afonso IV, rei de Portugal
De sorte que assim ia este soldado buscar mais feridas, como se, achando o cirurgião ocioso, quisesse dar-lhe em que se ocupar, e mais falta fazia ao seu natural a briga do que à sua cabeça o sangue, querendo antes ferir-se depressa do que curar-se devagar.

A tarântula, ainda depois de esmagada, salta, se lhe tangem; este animoso guerreiro, ainda rota a cabeça, pulava se ouvia estrondos militares, porque eram música para ele.

No mesmo cerco, outro português, cujo nome se lhe não sabe, acabando-se-lhe as balas e não tendo à mão com que carregar o mosquete, abalou e arrancou um dente.

Usando-o como bala, fez o tiro e acertou em um turco, para o qual não foi favo doce, senão bocado amargoso, isto que saiu da boca deste leão.

Adaptara na boca do mosquete o dente da sua, mandando-lhe que mordesse ao longe, já que não podia de perto.

Outros muitos casos semelhantes omito, porque ao meu intuito bastam os referidos.

Agora o que esperamos é que a última e total ruína do império otomano se deva também, por eleição divina, às armas portuguesas, conforme os mesmos mouros temem e se diz terem disso tradição antiga (Veja-se Sebastião de Paiva, na sua "Monarquia").



(Autor: Padre Manuel Bernardes, "Nova Floresta" - Lello & Irmão, Porto, 1949)


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terça-feira, 13 de setembro de 2022

Quem foi Maomé, segundo São João Bosco

São João Bosco é um dos maiores formadores de gerações inteiras de católicos
São João Bosco é um dos maiores formadores
de gerações inteiras de católicos
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Em sua renomeada obra “História Eclesiástica”, don Bosco nos ensina quem foi Maomé, fundador do islamismo e como fez para espalhar suas crenças, conseguir adeptos e atacar a Terra Santa, a Cristandade e a todos os que não pensavam como ele.

Com linguagem didática, o santo educador nos expõe brevemente toda a verdade básica sobre o Islã.

Maomé e sua religião


Nasceu este famoso impostor em Meca, cidade da Arábia, de família pobre, de pai gentio e mãe judia.

Errando em busca de fortuna, encontrou-se com uma viúva negociante em Damasco, que o nomeou seu procurador e mais tarde casou-se com ele.

Como era epilético, soube aproveitar-se desta enfermidade para provar a religião que tinha inventado e afirmava que suas quedas eram outros tantos êxtases, durante os quais falava com o arcanjo Gabriel.

A religião que pregava era uma mistura de paganismo, judaísmo e cristianismo. Ainda que admita um só Deus, não reconhece a Jesus Cristo como filho de Deus, mas como seu profeta.

Como dissesse com jactância que era superior ao divino Salvador, instavam com ele para que fizesse milagres como Jesus fazia; porém ele respondia que não tinha sido suscitado por Deus para fazer milagres, mas para restabelecer a verdadeira religião mediante a força.