terça-feira, 24 de novembro de 2020

Bem-aventurado Papa Urbano II:
a versão mais completa do Sermão da Cruzada

Virgem das Cruzadas, Thuret(Puy-de-Dome)
Nossa Senhora das Cruzadas
Luis Dufaur
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Do famoso sermão do Bem-aventurado Papa Urbano II convocando à I Cruzada em Clermont-Ferrand (França, 27 de novembro de 1095) existem diversos registros feitos por diversas testemunhas. Já tivemos ocasião de postar um desses registros. Eis um outro, o mais completo, traduzido do italiano e disponível no site Documenta Catholica:



Povo dos Francos, povo de além Alpes, povo – como reluz em muitas de vossas ações ‒ eleito e amado por Deus, distinguido entre todas as nações pela posição de vosso país, pela observância da fé católica e pela honra que presta à Santa Igreja, a vós se dirige nosso discurso e nossa exortação.

Queremos que vós saibais do lúgubre motivo que nos conduziu até vossas terras; da necessidade ‒ para vós e para todos os fiéis ‒ de conhecerem o motivo que nos impeliu até aqui.

Desde Jerusalém e desde Constantinopla chegou até nós, mais de uma vez, uma dolorosa notícia: os turcos, povo muito diverso do nosso, povo de fato afastado de Deus, estirpe de coração inconstante e cujo espírito não foi fiel ao Senhor, invadiu as terras daqueles cristãos, as devastou com o ferro, a rapina e o fogo.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Os meninos durante o cerco de Jerusalém

Luis Dufaur
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Os que lá estiveram contam que, enquanto a cidade esteve sitiada, depois dos freqüentes embates, sitiantes e sitiados misturavam-se uns com outros.

Acontecia muitas vezes que, tendo-se retirado os homens, era freqüente ver alguns batalhões de meninos avançando, uns desde a cidade e outros saindo do nosso meio e do acampamento de seus pais, e atacavam-se e combatiam imitando-os, tornando-se igualmente dignos de serem contemplados.

Porque, como dissemos no inicio desta história, quando se estendeu por todos os países do Ocidente a noticia da expedição a Jerusalém, os pais empreenderam a viagem levando consigo seus filhos, ainda meninos.

E foi assim que, mesmo quando os pais de alguns deles morreram, os filhos prosseguiram o caminho, habituaram-se aos trabalhos e, no tocante a misérias e privações de toda espécie, souberam agüentá-las e não se mostraram inferiores aos homens feitos.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Nossa Senhora detém o sol para derrotar os mouros

Pôr do sol em Tentudía. Cruz evocativa

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Ao iniciar a campanha de Sevilha, em 1247, o Rei São Fernando III enviou mensagem ao Grão-mestre da Ordem de Santiago, D. Pelayo Correa, para que acertasse alguns assuntos próximo a Badajoz, e depois fosse a Sevilha.

Assim ele o fez, conquistando com seus monges-cavaleiros várias cidades pelo caminho.

Ao passar por Figueira da Serra, foi atacado por uma numerosa hoste de muçulmanos, muito superior à que tinha consigo.

Vendo que a batalha se prolongava, e que começava a anoitecer, D. Pelayo rezou à Virgem, suplicando-lhe que mantivesse a luz do dia: "Señora, ten tu día" (Senhora, segurai vosso dia).

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Traços da mentalidade e da espiritualidade dos cavaleiros

Luis Dufaur
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Baudouin de Condé crê que o Cavaleiro deve continuar ativo em sua armadura durante todo o tempo que suas forças o permitam.

Até o seio da morte, até o último suspiro, o pensamento e a recordação dos feitos e das batalhas persegue a grande maioria desses homens de armas.

Um deles morre murmurando: - “No céu vou refazer a guerra de espada e de lança”.

Outro moribundo, sem desanimar, pede aos que o estão velando que o ajudem a levantar-se e armar-se para acertar uma quintana.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Na batalha de Poitiers a Cruz franca esmaga o Crescente invasor

Carlos Martel em combate contra Abdul Rahman, Poitiers. J-F-Théodore Gechter, museu do Louvre.  Fundo: queda dos anjos rebeldes, Pieter Bruegel
Carlos Martel em combate contra Abdul Rahman, Poitiers. J-F-Théodore Gechter, museu do Louvre.
Fundo: queda dos anjos rebeldes, Pieter Bruegel
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Marchando para combater vossos inimigos, que seus carros e seus cavaleiros e sua multidão não vos apavore, porque Deus está convosco. Deuteronômio XX

Lemos por toda parte quais foram, desde esses primeiros tempos do islamismo, os sucessos assustadores dos sectários de Maomé.

No fim do século VII, eles tinham se estabelecido sobre a metade do mundo conhecido e cobiçavam as terras delimitadas pelo Mediterrâneo.

A traição de um conde Juliano, indignado com Rodrigo(2), o último rei dos Godos na Espanha, lhes abriram esse belo país; e Rodrigo, vencido no ano de 714, lhos entrega.

Eles se tornaram em poucos anos os mestres de toda a península Ibérica, com exceção das Astúrias, aonde Pelágio se mantém com alguns espanhóis, que o proclamam rei em 718.
Tão logo, ele começou em suas montanhas, para ele e seus sucessores, a primeira luta da Cruz contra o Crescente; e que deveria durar sete séculos e meio.

Mestres de todo o país, fora a cidade de Oviedo e as montanhas das Astúrias, seja pela ambição, pelo ardor do proselitismo, seja pela natureza nômade, os Sarracenos queriam ir mais longe e tomar as Gálias[3].

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Feudalismo, majestade, mando e obediência

Luis Dufaur
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Na Idade Média a maior parte das nações europeias adotava o sistema feudal.

Esse sistema consistia numa série de monarquias grandes, nas quais se encaixavam monarquias pequenas.

Pode ser comparado de algum modo com o sistema interno de governo da Igreja.

O papa é o rei da Igreja, os bispos são príncipes da Igreja sujeitos ao papa, mas com uma autoridade própria sobre os fiéis.

Depois, a seu modo, os vigários, os párocos em relação ao bispo. Forma assim pequenas monarquias encaixadas umas nas outras.

Há aqui uma cavalgada de cruzados, imaginados por um grande gravurista do século XIX (Alphonse-Marie-Adolphe de Neuville, 1835 – 1885), e que foram para a Terra Santa. Ao centro, a figura central é o rei.

Se não for o rei, ele será por exemplo o grão-mestre da ordem dos templários, ou desta ou daquela outra ordem de cavalaria, que está guiando os cruzados na ofensiva contra os maometanos.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

A partida, a volta e a glória do Cruzado

Partida para a guerra, anônimo francês
Partida para a guerra, anônimo francês
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O senhor feudal é dono de um castelo ― que nossa imaginação põe perto do Reno, do Danúbio, do Sena ou de um lago da Suíça.

O castelo tem sua torre altiva, muralhas, e aos pés duas e três aldeias com suas capelinhas e seus sininhos tocando. Mais adiante a plantação, depois a criação.

Este senhor feudal, pai de numerosa família, chefe de um povinho, rei em miniatura, sai a pé todo armado.

Atrás dele a senhora que chora, mas que anda também com passo firme, as crianças, alguns familiares, o capelão.

Eles passam a ponte: é a partida do guerreiro.

A partir daquele momento, ele deixa de ser senhor para ser vassalo. Ele obedece ordens, não manda mais. A partir daquele momento ele não é um homem que faz a ordem, ele é um homem que derruba as desordens, é um guerreiro.

Este guerreiro vai arriscar a sua vida pelo Santo Sepulcro de Nosso Senhor Jesus Cristo. É algo de único no mundo.

Ele se despede da mulher, dos filhos, dos parentes, beija a mão do sacerdote que ainda lhe dá uma bênção. Depois monta a cavalo, não olha mais para trás.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Milagre de Nossa Senhora em Covadonga (Astúrias) impediu a conquista de Espanha pelos mouros

Nossa Senhora de Covadonga
Nossa Senhora de Covadonga
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Sob a proteção de Nossa Senhora de Covadonga se iniciou a Reconquista da Espanha, com o milagre que Ela realizou socorrendo o Rei Don Pelayo e os pouquíssimos cavaleiros que estavam com ele nas montanhas das Astúrias, no monte Auseba.

Deu-lhes uma grandiosa vitória sobre os maometanos, justamente quando pareciam perdidos, premiando assim seu denodo, seu heroísmo e sua fé.

Em 718 estava D. Pelayo rodeado por duzentos mil homens do exército de Alkamah, lugar-tenente do Wali Helor.

O Bispo Dom Opas, que já havia pactuado, se adiantou para tentar convencê-lo da inutilidade de resistir e da conveniência de seguir seu exemplo.

terça-feira, 21 de julho de 2020

O mistério do 'cavaleiro verde'

Batalha de Tiro, 1187. 'Les Passages d'Outremer'. Foto Wikipedia
O 'Cavaleiro Verde' na batalha de Tiro, 1187. 'Les Passages d'Outremer'. Foto Wikipedia
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Mais de 900 anos atrás, lutou na Terra Santa um cavaleiro espanhol de nome Sancho Martín.

Pelos seus atos corajosos e suas roupas de cor marcante, os turcos o apelidaram de O Cavaleiro Verde.

A não confundir com o personagem fictício “Green Knight” do poema do Rei Arturo.

Agora, o livro “El Caballero Verde” com sua curta história, ganhou o Prêmio Narrativo da Cidade de Logroño, segundo noticiou o jornal espanhol “El Mundo”.

E aí começa o mistério. As fontes históricas de época alguma não sabem dizer quem foi Sancho Martín.

Tal vez foi aragonês, navarro ou castelhano, pelo nome Sancho. As fontes árabes lhe atribuem origem em Castela, mas não se pode ter certeza.

Apareceu em Terra Santa, no início da Terceira Cruzada, após a perda de Jerusalém (1187) e quando só ficavam poucos enclaves cristãos na costa da Síria.

Tudo parecia perdido para os seguidores de Cristo, quando desceu de um navio um cavaleiro de bravura e liderança inigualada. Ele vestia todo de verde e ostentava uma cornadura de cervo em seu capacete.

terça-feira, 7 de julho de 2020

A devoção a São Jorge no Ocidente: trazida pelas Cruzadas

São Jorge, Paris
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A devoção a São Jorge nasceu no Oriente, no século XI, e foi trazida pelos cruzados.

São Jorge é o paladino da luta contra o inimigo primordial, a serpente maldita, Satanás.

Ele é o herói na luta contra o próprio chefe dos inimigos de Cristo e de seu povo.

A devoção teve imenso papel na cruzada de Reconquista da Espanha e Portugal, países invadidos pelos muçulmanos.

O milagre da Batalha de Alcoraz no Reino de Aragão marcou época.

Aragão ficou ligado à figura do santo cavaleiro que apareceu naquela batalha combatendo lado a lado contra o moraima muito superior em número e que ainda confessou ter visto o cavalheiro sobrenatural de brancas insígnias.

Desde então, o reino aragonês adotou como emblema a própria Cruz de São Jorge (cruz vermelha sobre fundo branco) e quatro cabeças de mouros.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

O sultão Saladino descreve o perfil moral dos cruzados

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Eis como Saladino — o mais famoso guerreiro que o mundo muçulmano produziu — via os católicos. É interessante notar que a carta foi escrita quando o Reino Latino de Jerusalém estava em decadência. Nela, o maometano dirigia-se aos potentados árabes, pedindo reforços.


"Esperamos da bondade de Allah que o perigo em que nos encontramos reacenda o zelo dos muçulmanos, e que se esforcem para extinguir o ardor de nossos inimigos, para abater o edifício que os francos construíram.

"Enquanto nossos inimigos acorrem por terra, nosso país está ameaçado pelas maiores desgraças.

"O que nos deixa estupefatos é ver o esforço dos infiéis e a indiferença dos verdadeiros crentes.

"Há um só muçulmano que responda ao convite e venha, quando é chamado a lutar?

terça-feira, 9 de junho de 2020

São João de Capistrano:
pregador e animador da Cruzada

São João Capistrano, igreja dos bernardinos, Cracóvia
São João Capistrano, igreja dos bernardinos, Cracóvia
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João nasceu no ano de 1385 em Capistrano, pequena cidade dos Abruzos no reino de Nápoles. Seu pai era um fidalgo angevino que tinha ido para a região na comitiva do duque de Anjou, e lá se havia fixado.

Nada se sabe da infância e adolescência de João, a não ser que estudou humanidades em sua terra natal, indo depois para Perúsia estudar direito civil e canônico.

Quando tinha 30 anos e após enviuvar, dirigiu-se ao convento franciscano do Monte, perto de Perúsia, da estrita observância, e pediu admissão.

João de Capistrano, como ficou seu nome depois da profissão religiosa, foi designado para trabalhar nos hospitais da cidade e para a pregação.

Sua devoção para com a Virgem Maria era terna e profunda. Quando pregava sobre Ela, o auditório chorava de emoção.

sábado, 23 de maio de 2020

A vitória de Nossa Senhora Auxiliadora
vista por São João Bosco

O sonho das duas colunas, basílica de Maria Ausiliatrice, Turim
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O sonho das duas colunas de Don Bosco: a crise,
a morte do Papa, o novo Papa e o triunfo da Eucaristía e de Maria Auxiliadora


Todo dia 24 de maio se comemora a festa de Maria Auxiliadora.

E aconteceu em 26 de maio de 1862 que São João Bosco tinha prometido a seus jovens que lhes narraria algo muito agradável nos últimos dias do mês.

Em 30 de maio, pois, de noite contou-lhes uma parábola ou sonho segundo ele quis denominá-la.

Eis aqui suas palavras:

“Quero-lhes contar um sonho. É certo que o que sonha não raciocina; contudo, eu que contaria a Vós até meus pecados se não temesse que saíssem fugindo assustados, ou que caísse a casa, este o vou contar para seu bem espiritual. Este sonho o tive faz alguns dias.

“Figurem-se que estão comigo junto à praia, ou melhor, sobre um escolho isolado, do qual não veem mais terra que a que têm debaixo dos pés.

terça-feira, 12 de maio de 2020

O Beato Eugênio III Papa convoca a II Cruzada

Beato Eugênio III Papa, convocou a II Cruzada
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Em 1146, o principado de Edessa, dominado pelos cruzados, caiu em mãos dos muçulmanos ressurgentes. Assim, o Bem-Aventurado Papa Eugênio III apelou a uma nova cruzada - a segunda. Foi entusiasticamente apoiado nesta convocação por seu mentor, São Bernardo de Claraval.

O Bem-aventurado Pontífice redigiu para esse efeito a Bula “Quantum predecessores”, de 1º de dezembro de 1154, que diz:

O Bispo Eugênio, servo dos servos de Deus, a Luis, seu filho mais amado em Cristo, ilustre rei dos franceses; aos príncipes, seus filhos bem amados, e a todos os fiéis de Deus estabelecidos por toda a Gália, saudação e bênção apostólica.

Sabemos pelas narrações dos antigos e por seus escritos quanto os romanos pontífices, Nossos antecessores, fizeram pela libertação da Igreja no Oriente.

Nosso predecessor de venerada memória, o Papa Urbano, soou como que uma trombeta celeste a fim de levantar, para a sua libertação, os filhos da Santa Igreja Romana em todos os cantos da terra.

terça-feira, 28 de abril de 2020

Elogio dos Templários feito por São Bernardo de Claraval

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Pediste-me uma, duas ou três vezes, se não me engano, Hugo caríssimo, que fizesse uma exortação para ti e teus cavaleiros.

E como não me era permitido servir-me da lança contra as agressões dos inimigos, desejaste que, pelo menos, empregasse minha língua e meu gênio contra eles, assegurando-me que eu te faria um favor se animasse com minha pena aqueles que não posso animar pelo exercício das armas.

Voa por todo o mundo a fama do novo gênero de milícia que se estabeleceu no país em que o Filho de Deus encarnou-se e expulsou pela força de seu braço os ministros da infidelidade.

Este é um gênero de milícia não conhecido nos séculos passados, no qual se dão ao mesmo tempo dois combates com um valor invencível: contra a carne e o sangue e contra os espíritos de malícia espalhados pelos ares.

Em verdade, acho que não é maravilhoso nem raro resistir generosamente a um inimigo corporal somente com as forças do corpo.

terça-feira, 14 de abril de 2020

Cavalaria Medieval: um oitavo sacramento...

Cavaleiro, Bruges, Belgica
Cavaleiro, Bruges, Bélgica
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Na estrutura feudal floresceu a Cavalaria, como a flor de abril nos ramos da macieira.

A cavalaria constituiu uma dignidade de ordem moral, que conferia àquele que com ela fosse honrado, uma investidura de caráter praticamente religioso. Sua origem remonta ao século XII, século proclamado por Quicherat como o maior de nossa História.

Léon Gautier em importante obra consagrada ao assunto chegou a qualificar a Cavalaria de “Oitavo Sacramento”.

Um padre que casasse e fosse preso vestindo trajes civis, deveria ser conduzido a um tribunal eclesiástico. O mesmo se passava com o Cavaleiro.

Por outro lado, ele usufruía de vários privilégios consagrados ao clero. Clérigos e cavaleiros eram homenageados da mesma forma.

Os Cavaleiros eram considerados por todos como um grupo de elite.

Se uma jovem dama se tornasse herdeira de um importante domínio; ou se uma mulher ficasse viúva e com terras para administrar, recorria a um cavaleiro para que protegesse seus bens, tomasse a guarda de seu castelo e o comando dos homens de armas.

O Cavaleiro recebia com isso o título de Visconde ou o de Castelão.

São três as ordens necessárias para o bom funcionamento de um Estado:

terça-feira, 3 de março de 2020

Como São Luis IX tratou aos terroristas do “Velho da Montanha”

São Luís recebe os enviados do chefe da "seita dos Assassinos"
São Luís recebe os enviados do chefe da "seita dos Assassinos".
Nicolas-Guy Brenet (1728 - 1792). Capela da École Militaire. Paris.
Luis Dufaur
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A seita do “Velho da Montanha” havia sido fundada por Hassan Ibn el-Sabbah um sacerdote persa zoroastriano que se instalou no Cairo. A seita era conhecida como a dos “Assassinos”, e marcou o Oriente Próximo durante perto de um século.

O terror que ela causava ficou condensado na frase de um poderoso senhor local: “Eu não ouso mais obedecer-lhe nem desobedecer-lhe”.

Um outro senhor que recebeu uma mensagem do “Velho da Montanha” intimando-o a se render, preferiu demolir seu castelo, sabendo estar ameaçado de morte a qualquer momento e ser assassinado em caso de desobediência, tal vez por algum de seus familiares drogado com maconha.

No ano de 1090, os membros da seita ismaelita dos “Assassinos” se apoderaram da fortaleza de Alamut (o “refúgio dos abutres”) nas montanhas da Pérsia.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Suécia: igreja protestante oficial financia o terrorismo islâmico

Para extremistas islâmicos, a Suécia não tem outra opção senão adotar a sharia e se converter ao Corão. E publicacões pagas pela Igreja da Suécia promovem a propaganda do Islã!
Para extremistas, a Suécia não tem opção senão adotar a sharia e se converter ao Corão.
E publicacões pagas pela Igreja da Suécia promovem a propaganda radical!
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Acostuma-se apresentar o protestantismo e suas entidades de beneficência internacional como um modelo de relativismo filantrópico amolecedor. Até financia ONGs ambientalistas na Amazônia.

Um exemplo é a Swedish Jerusalem Society fundada em 1900 para financiar obras de caridade em Jerusalém e Belém.

Porém, publica uma revista de tom extremamente hostil em favor da jihad islâmica, denunciou Nima Gholam Ali Pour, nas páginas do Gatestone Institute.

A Swedish Jerusalem Society recebe dinheiro que o governo por sua vez recolhe dos impostos dos cidadãos suecos, e o encaminha para a Good Shepherd's Swedish School que diz ser uma escola promotora da paz.

Mas Tobias Petersson, diretor do think tank Perspective on Israel revela que os livros escolares da Good Shepherd's Swedish School têm conteúdo jihadista e encorajam a guerra santa corânica.

Os livros escolares enaltecem a terrorista palestina Dalal al-Mughrabi, que fazia parte de um grupo de 11 terroristas que assassinaram 38 civis, entre eles 13 crianças, em 11 de março de 1978.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

As armas portuguesas contra os maometanos

Dom Afonso Henriques

Luis Dufaur
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Desde os berços desta monarquia abonaram os efeitos essa verdade.

Só o Conde D. Henrique, nobilíssimo tronco da real árvore dos monarcas portugueses, venceu contra mouros 17 batalhas campais.

Na célebre do campo de Ourique, venceu e destroçou el-rei D. Afonso Henriques, com 10.000 infantes e 1.000 cavalos, a 400.000 maometanos, isto pelo cômputo de quem mais abate este número, que outros o sobem a 600.000, e outros dizem que havia para cada cristão cem infiéis.

Na tomada de Lisboa (que foi no ano de Cristo 1148, a 25 de outubro), morreram 200.000 mouros.

O mesmo rei desbaratou um exército de 40.000 cavalos e 60.000 infantes, com que el-rei mouro de Badajoz vinha socorrer Sesimbra.

E em diversas ocasiões ele a 30 reis venceu (para que não fosse singular nesta glória o famoso Josué, capitão do povo de Deus).

Nem podemos atribuir estas vitórias à pouca gente dos exércitos contrários, porque, compensando uns com outros, lhe tocam a cada um 50.000 homens.

Para que mais particularmente conste que parece que Deus criou a nação portuguesa para estrago, desprezo e ralé da sarracena, quero referir aqui alguns casos que dentro das mesmas ferocidades de Marte descobrem um não sei quê de cômica graciosidade.

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Sínodo chorou índios “exterminados” e ignorou os cristãos deveras massacrados

Chão da igreja copa de São Jorge encharcado de sangue cristão, Tant, Egito. Para eles não há Sínodo, escreve Meotti
Chão da igreja copa de São Jorge encharcado de sangue cristão, Tant, Egito.
Para eles não há Sínodo, escreve Meotti
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O Sínodo Pan-Amazônico de Roma tratou entre outras coisas, da “ameaça à vida”, da “inculturação e interculturalidade”, da destruição “extrativista” e dos “povos autóctones” ameaçados na sua cultura e até supervivência.

Mas, simultaneamente, grandes grupos de “povos autóctones” estavam tendo sua vida “ameaçada” de modo furioso e se defrontavam com a “destruição existencial física” sem que o Sínodo mostrasse interesse, denunciou Giulio Meotti, editor cultural do diário italiano “Il Foglio”.

Quem eram esses grupos e minorias vitimados?

São, nada mais e nada menos, como é bem conhecido, os cristãos perseguidos!

E o Vaticano não lhes dedica Sínodo algum.

“Mandaram-no negar Cristo, ao recusar deceparam sua mão direita, ao recusar novamente, deceparam o cotovelo.

“Firme na recusa, foi baleado na testa e no peito”: assim foi martirizado o pai do cristão nigeriano Enoch Yeohanna, em 2014.

Quem se importou em Roma, nos governos ou nas instituições internacionais?

Esse é um dos muitos exemplos que apresenta Meotti.

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

A Primeira Comunhão de Vivien no campo de batalha e morte


Luis Dufaur
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Todo o poema “La Chanson de Guillaume” gira em torno de uma batalha desenvolvida por Guilherme do Nariz Curvo contra os sarracenos de Deramé, na planície de Larchamp.

Vivien atira-se à luta acompanhado de seu primo Girart. A batalha é calorosa e os franceses são dizimados. Ao cair da tarde, Vivien envia Girart a pedir ajuda a Guilherme.

O conde Vivien perdeu 10 homens, dos 20 que lhe restavam. Os outros perguntaram:

— Que faremos na batalha, amigos?

Disse Vivien:

— Em nome de Deus, senhores, escutai-me. Enviei Girart levando uma mensagem. Hoje mesmo vereis Guilherme ou Luís, o piedoso. Com um ou outro venceremos os árabes.

— Avante, pois, valoroso marquês — responderam eles.

E ei-los que marcham contra o inimigo.