* Os Barões e Cavaleiros juram combater os inimigos da Fé
“Os Barões e os Cavaleiros que tinham ouvido as exortações de Urbano fizeram o juramento de vingar a causa de Jesus Cristo; esqueceram-se de suas próprias questões e juraram combater juntos os inimigos da Fé cristã. Todos os fiéis prometeram respeitar as decisões do Concílio e ornaram suas vestes com uma cruz vermelha de pano ou de seda. (...)
“Os fiéis pediram a Urbano que se pusesse à sua frente, mas o Pontífice, que ainda não tinha triunfado sobre o antipapa Guiberto, e que perseguia com seus anátemas o Rei da França e o Imperador da Alemanha, não podia deixar a Europa sem comprometer o poder e a política da Santa Sé.
“Nomeou o Bispo de Puy, seu legado apostólico, junto do exército dos cristãos. Prometeu a todos os cruzados a remissão de seus pecados. Suas pessoas, suas famílias, seus bens, foram postos sob a proteção da Igreja e dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo. O concílio declarou que toda a violência feita contra os soldados de Jesus Cristo seria castigada com o anátema e entregou seus decretos, em favor dos cruzados à vigilância dos Padres e dos Bispos.
“Urbano percorreu ele mesmo várias províncias da França, para terminar sua obra tão felizmente começada. (...)
segunda-feira, 23 de março de 2009
Fatos que antecederam a Iª Cruzada (III): sinais divinos e bençãos da Igreja
quarta-feira, 18 de março de 2009
Fatos que antecederam a Iª Cruzada (II): Concílios de Piacenza e Clermont Ferrand, sermão do Beato Papa Urbano II
* Urbano II convoca o Concílio de Piacenza
“Para responder aos pedidos de Alexis e aos votos dos fiéis, o soberano Pontífice convocou em Piacenza um concílio, a fim de expôr os perigos da Igreja grega e da Igreja latina do Oriente. (...) mais de duzentos Bispos e Arcebispos, quatro mil eclesiásticos e trinta mil leigos obedeceram ao convite da Santa Sé. (...)
“No entretanto, o Concílio de Piacenza não tomou resolução alguma sobre a guerra contra os infiéis. (...)
“Outras razões explicariam o pouco efeito que produziu a pregação de Urbano no concílio de Piacenza. Os povos da Itália, aos quais o soberano Pontífice se dirigia, estavam entregues ao espírito de comércio, e as preocupações mercantis não vão de acordo com o entusiasmo religioso; além disso, a Itália estava fortemente dominada por um espírito de liberdade, que produzia perturbações e levava a negligência aos interesses da religião. (...)
* Um novo Concílio: Clermont-Ferrand
quarta-feira, 4 de março de 2009
Como foram os fatos que antecederam a Iª Cruzada (I)
Situação geral, à época das Cruzadas
A causa inicial das Cruzadas foi a invasão da Terra Santa pelos Turcos seldjucidas.
Este povo originário do Turquestão, região ao Norte da Pérsia, aderiu ao islmamismo e através da "guerra santa" destruiu o império árabe de Bagdad e conquistou a parte asiática do Império Bizantino.
Em 1076 chegaram a ameaçar Constantinopla mas desviaram o objetivo e dois anos depois conquistaram Jerusalém, que estava em poder de muçulmanos árabes desde 636.
Fanáticos e cruéis, os turcos perseguiam os peregrinos: infringiam-lhes mil vexames e até os torturavam. A Terra Santa foi a partir de então fechada para os cristãos.
Cluny e a Reforma Gregoriana
Governava então a Igreja um dos maiores Papas da História: São Gregório VII. Sob seu governo, a Cristandade recebeu um impulso decisivo: a luta que os monges de Cluny travaram, desde o século X contra as desordens (que a partir da desagregação da obra de Carlos Magno assolaram a Igreja e a Sociedade), chegou então a seu período mais épico.
Essa luta gloriosa, sob um Papa admirável, explica o fervor que então se manifestava na Cristandade.