Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A cavalaria católica deu à Igreja muitos santos, como São Luís IX, rei da França. Alcançou sua maior perfeição nas Ordens Religiosas militares, como a do Santo Sepulcro, a dos Hospitalários e a dos Templários.
O cavaleiro era respeitado e amado. Mesmo entre os infiéis o prestígio da instituição era extraordinário. Seus brasões e cruzes infundiam terror e admiração.
Na cruzada de São Luís contra o Egito deu-se um episódio característico.
O exército cristão sofreu grave derrota em Mansurah. A doença completou a desgraça. São Luís doente caiu em poder dos muçulmanos junto com a maior parte de suas tropas.
O sultão Almoadam ficou ébrio de orgulho. Mas os mamelucos do Egito, que tinham suportado o peso da guerra, estavam descontentes e resolveram assassiná-lo durante as festas da vitória.
No final do banquete um oficial tentou matá-lo, mas apenas conseguiu feri-lo. Ele fugiu e se encerrou numa torre.
Os rebeldes puseram fogo à torre. Vendo-se perdido, Almoadam lançou-se do alto e caiu aos pés de seus inimigos. Implorou perdão e ofereceu em prantos o seu próprio trono, em troca da vida.
Tudo em vão. Um dos chefes de sua guarda, Octai, o repeliu com ira, os mamelucos o transpassaram com inúmeros golpes.
Em Forescour estavam os prisioneiros cristãos, inclusive São Luís.
No meio dessa angústia, Octai entrou na tenda São Luís com a espada ensangüentada.
O maometano disse: “Almoadam já não existe. Que me darás por ter-te libertado de um inimigo que premeditava a tua ruína e a nossa?”
São Luís nada respondeu.
O infiel apontou-lhe a espada, e exclamou irado: “Não sabes que eu sou senhor de tua pessoa? Faze-me cavaleiro, ou serás morto!”
São Luís respondeu então: “Faze-te cristão, e te farei cavaleiro”.
Octai retirou-se, sem fazer mal a São Luís.
Podendo pedir terras, riquezas (São Luís prometera um milhão de bizantinos de ouro pelo resgate de suas tropas), podendo vingar-se contra o rei cristão, esse maometano preferia a honra de ser cavaleiro.
Assim, Octai, um infiel, provou o prestígio e a glória da cavalaria medieval.
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Santiago, q interessante essa matéria!!! me diga, onde as encontra? será q vc pode dá referências de literaturas desse tipo e q sejam confiáveis e com rigor histórico, ou seja, q não sejam depressiativas do período e da civilização medieval? onde as encontro?
ResponderExcluirRené Grousset, Histoire des Croisades et du Royaume Franc de Jerusalem, Plon, Paris 1936, volume III, p. 489; J. F. Michaud, História das Cruzadas, Editora das Américas, São Paulo, ed. cit., Vol. V, pp. 87/88
ExcluirFantástico! Faz você viajar no tempo a imaginar cada detalhe da cena.
ResponderExcluirO Vaticano devia investir em filmes contando a história das cruzadas com estes grandes heróis,seria muito legal os católicos conhecerem
ResponderExcluirsua origem.Afinal,os inimigos da igreja vivem fazendo filmes anticatólicos não é!