quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Fernán González, conde de Castela, herói de legenda

Don Fernán González, conde de Castela
Don Fernán González, conde de Castela
Luis Dufaur
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Estava o conde Fernán González caçando com os seus cavaleiros na vila de Lara. De repente, um feroz javali saiu disparado de um matagal.

O conde, desejoso de caçar tão boa presa, sem esperar por seus companheiros, saiu a cavalo em perseguição ao animal, que corria velozmente.

Por fim chegou a uma ermida desconhecida, onde o javali se meteu pela porta.

Então o conde, pegando a espada, se dirigiu à ermida, onde a fera tinha entrado.

O javali havia se refugiado atrás do altar. O conde se ajoelhou diante do altar e começou a rezar.

Neste momento saiu da sacristia um monge de venerável aspecto e avançada idade, apoiado num rude e retorcido cajado.

Aproximou-se do conde e saudou-o, dizendo:

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Papa São Gregório VII: alma inspiradora das Cruzadas

São Gregório VII
São Gregório VII
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Coube ao Papa São Gregório VII (1020-1085) a honra de inspirar o movimento das cruzadas.

Seu plano resulta claro na carta de 1074 reproduzida embaixo, mas que no seu tempo não chegou a ser enviada.

Aconteceu que São Gregório VII teve que enfrentar a revolta do imperador Henrique IV e não pôde completar seu determinado projeto.

Entre seus assessores mais próximos estava o futuro Urbano II.

São Gregório VII externou o desejo que ele fosse eleito para sucedê-lo.

Por sua vez, Urbano deixou bem claro aos Cardeais que de ser eleito continuaria a pastoral intransigente de São Gregório VII face à baixa moralidade de certo clero mundanizado, a simonia, a nomeação de bispos pelo poder temporal e a luta contra os inimigos da Cristandade sobre tudo o Islã.

Os Cardeais, entretanto, temeram continuar na linha do Santo Gregório VII e escolheram um pontífice conciliante.

Após poucos anos de pontificado, os purpurados bem perceberam a insuficiência da escolha.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Malta: a muralha contra à impiedade islâmica demolida pela Revolução Francesa

Porta de entrada da fortaleza hospitalária de Rhodes
Porta de entrada da fortaleza hospitalária de Rhodes
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Continuação do post anterior: Malta: uma ordem religiosa e militar hierárquica e sacral




Em 1312 foi extinta a Ordem dos Templários, e grande parte dos seus bens reverteu em benefício da Ordem dos Hospitalários.

O mesmo se deu quando Inocêncio VIII decretou, em 1489, a supressão da Ordem do Santo Sepulcro.

Assim, os Grão-Mestres dos Cavaleiros de São João passaram a ter também a dignidade de Mestres da Ordem do Santo Sepulcro, intitulando-se

“Dei gratia Sacrae Domus Hospitalis Sancti Johannis Hierosolymitani et Militaris Ordinis Sancti Sepulchri Dominici Magister humilis, pauperunque Jesu Christi custos” — Por graça de Deus, humilde Mestre da Santa Casa do Hospital de São João de Jerusalém e da ordem Militar do Santo Sepulcro do Senhor e defensor dos pobres de Jesus Cristo.

Em 1309, o Grão-Mestre Foulques de Villaret conduziu os seus cavaleiros diante da ilha de Rhodes e apoderou-se dela. Desde então foram chamados Cavaleiros de Rhodes.

Inspiraram em breve grande terror aos turcos e aos povos árabes, que, estabelecidos sobre a costa da África, só deviam sua prosperidade à pirataria.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Malta: uma ordem religiosa e militar hierárquica e sacral

Krak dos Cavaleiros (Síria) hoje.
Foi uma das peças chaves da segurança da Terra Santa
na mão dos cavaleiros hospitalários
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Continuação do post anterior: Os Cavaleiros Hospitalários: ordem militar suscitada por Deus



A Ordem comporta vários graus:

a) Os cavaleiros professos, que tinham feito, na idade de 26 anos, os votos de pobreza, castidade e obediência.

Além da cruz ligada à botoeira com uma fita negra de brilho ondeado, traziam uma cruz de tecido branco de oito pontas sobre o lado esquerdo do hábito. Os grã-cruzes tinham a mais um plastrão (camisa) preto, com uma cruz branca sobre o peito.

b) Os afiliados por tempo, que eram cavaleiros e sargentos leigos e capelães de obediência.

c) Os auxiliares pagos, que eram milicianos, soldados, marinheiros e artesãos.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Os Cavaleiros Hospitalários, ou de Malta: ordem militar suscitada por Deus

Fundo: ruínas do Hospital de Jerusalém.
Frente: brasão de feitio moderno dos hospitalários
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Os Hospitalários foram os primeiros, como Ordem religiosa e caritativa, a se fixarem na Terra Santa, tornando-se Ordem de Cavalaria somente algumas décadas depois.

Os seus estatutos de Ordem de Cavalaria foram inspirados em grande parte no dos Templários.

O grande feito pelo qual a Ordem ficou famosa foi a defesa de Malta, daí o nome pelo qual são mais conhecidos.

Origem e ideal da Ordem

Em 1048, alguns ricos mercadores de Amalfi compraram a permissão de construir em Jerusalém, perto do Santo Sepulcro, um mosteiro do rito latino e um hospital para acolher os peregrinos pobres e doentes.

A eles ajuntaram uma igreja sob o nome de Santa Maria, a Latina.

Pelo ano de 1100, Gérard de Tunc e seus confrades tomaram o hábito religioso. O papa Pascal II aprovou a ordem em 1113.

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

França: o retorno dos heróis

Santa Joana d'Arc, santuário de Bois Chenu, Lorena, Herois medievais
Santa Joana d'Arco, santuário do Bois Chenu, França
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Uma das mais sublimes manifestações do espírito humano parecia afogada pelo prazer materialista da vida. O heroísmo parecia enterrado para sempre, e no país dos heróis cristãos que é a França! deplorou Louis de Raguenel em “Valeurs Actuelles”.

Em 2005, a maioria das teses dos alunos da Escola Nacional de Administração francesa (ENA), célebre pela sua exigência, “constatavam ou lamentavam a decadência de uma sociedade cada vez mais individualista que torna difícil aparecer grandes homens”.

Alguns escritos achavam resignadamente que evolução da sociedade tornava fatal essa queda.

E constatavam que ficaram para trás os tempos em que os heróis podiam aparecer no presente falando e agindo preto sobre branco.

domingo, 6 de outubro de 2019

Inexplicável: foi “pela intercessão da Santíssima Virgem e da devoção ao Santo Rosário”

A vitória humanamente inexplicável contra os inimigos da Fé
A vitória humanamente inexplicável contra os inimigos da Fé
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Continuação do post anterior: Milagre do Santo Rosário na batalha naval de Manila



Na primeira batalha que seria seguida de mais quatro, após cinco horas de combate, quando a fumaça se dissipou, a frota protestante estava em retirada.

Ela sumiu na escuridão da noite com dois barcos a menos. O lado espanhol-filipino só sofreu danos menores, registrou poucos feridos e nenhum morto. A primeira batalha tinha terminado.

Uma outra esquadra holandesa de sete galeões de guerra foi instruída a interceptar galeões provenientes do México que poderiam trazer reforços.

Na procura dessas naus foi dar sem saber com as “duas galinhas molhadas”, o “Encarnación” e o “Rosario”.

Foi assim que no dia 29 de julho acabou se livrando a segunda batalha de Manila. No fim de um intenso combate, os protestantes partiram em retirada acusando consideráveis danos e baixas.

A “Encarnación” só lamentou dois feridos e a “Rosario” perdeu cinco homens, embora a batalha foi das mais sangrentas.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Milagre de Nossa Senhora do Rosário
nas cinco batalhas navais de Manila

Nossa Senhora do Rosário de La Naval de Manila fez milagre comparado ao de Lepanto
Nossa Senhora do Rosário de La Naval de Manila fez milagre comparável ao de Lepanto
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No mundo se conhece bem a milagrosa vitória da armada católica contra enorme frota muçulmana em Lepanto, atribuída pelo Papa São Pio V a intervenção miraculosa de Nossa Senhora do Rosário.

Porém, é quase desconhecida em Ocidente uma outra vitória naval obtida também pela intervenção de Nossa Senhora do Rosário que foi comparada em importância ao triunfo de Lepanto.

O milagre se deu contra três frotas de guerra protestantes holandesas mancomunadas com um incalculável número de naus menores repletas de muçulmanos ávidos do saque e de extermínio dos cristãos.

As cinco inacreditáveis vitórias navais consecutivas de escassíssimas naus católicas armadas às pressas contra os invasores e foi atribuída com sobradas razões à intercessão de Nossa Senhora do Rosário de La Naval de Manila, mais simplesmente chamada “La Naval”. Cfr. “Batalla de La Naval de Manila”,

Em 9 de abril de 1652, as sucessivas vitórias contra um adversário esmagadoramente maior em número e armamento foram declaradas milagre pela arquidiocese de Manila após minuciosa investigação canônica.

As cinco batalhas foram livradas em águas filipinas em 1646, durante a Guerra dos Oitenta Anos que opôs a Holanda protestante insurgida contra seu rei Felipe II da Espanha.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Beato Marco d’Aviano aclamado herói no esmagamento dos turcos

Batalha de Viena: o Beato foi o líder espiritual da coalizão católica contra os turcos
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O cerco de Viena e a atuação política do admirável capuchinho

Na noite do dia 7 de julho, o Imperador foi obrigado a abandonar a cidade, para congregar as tropas aliadas mais a oeste. No dia 17, os turcos fecharam o cerco em torno da capital.

Setenta mil pessoas permaneciam em Viena, entre as quais 10 mil soldados. A defesa foi organizada com a ajuda das Corporações de Ofício e dos estudantes.

O famoso historiador von Pastor observa que “assim começava o mais preocupante de todos os cercos da História”. Se Viena fosse conquistada, toda a Europa ficaria ameaçada de cair sob o domínio muçulmano.

Mediante freqüentes cartas, o Imperador ia colocando o Padre Marco a par dos acontecimentos. De todos os lados recebia o frade apelos para que viesse ao teatro da batalha.

O Conde Felipe Guilherme, do Palatinado, escreveu-lhe: “Vossa vinda é absolutamente indispensável. Sem vossa presença estamos perdidos”. No início de setembro, chegou o Santo capuchinho à cidade de Linz.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Beato Marco d’Aviano, frade líder da Europa Cristã face à investida muçulmana

Beato Marco d'Aviano, igreja dos capuchinos, Viena
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O Pe. Marco d’Aviano nasceu em 17 de novembro de 1631 na cidade de Aviano (Friulia – Itália). Segundo filho de uma abastada e piedosa família, com 10 filhos.

Em 1645, com apenas 14 anos, Carlo Domenico ficou muito impressionado com os relatos da defesa da ilha de Creta pelas tropas da República de Veneza contra as forças turcas.

Decidiu então ajudar os cristãos perseguidos pelos turcos muçulmanos no Oriente. Juntou o pouco dinheiro que acumulara como estudante e, sem avisar ninguém, partiu de navio para Capo d’Istria.

Nessa cidade, por falta de meios, chegou a passar fome, vendo-se compelido a pedir abrigo em um convento de capuchinhos.

Lá recebeu o chamado de Deus para entrar na Ordem dos capuchinhos, onde, teve conhecimento de que também poderia ser nomeado capelão das tropas que lutavam contra os maometanos.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Pe. Henri Boulad SJ ao Papa:
defendendo o Islã está traindo a verdade

Imagem de Cristo salpicada de sangue de vítimas cristãs no Egito.
Imagem de Cristo salpicada de sangue de vítimas cristãs no Egito.
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O jesuíta Henri Boulad, do rito católico grego melkita, acredita que, quando lidando com o Islã, a Igreja Católica sucumbiu a uma “ideologia de esquerda liberal que está destruindo o Ocidente” com base no pretexto de “abertura, tolerância e caridade cristã”.

Em uma entrevista de 10 de junho (2017) com o National Catholic Register, o padre Boulad revela que ele compartilhou esses sentimentos com o papa Francisco.

Numa carta que ele escreveu para o Papa, disse que muitos pensam que as opiniões do próprio Pontífice sobre o Islã estão “alinhadas com essa ideologia e, da complacência, você vai de concessões a concessões e se compromete em compromissos, à custa da verdade”.

“Os cristãos”, ele escreveu, “esperam algo de Vós além de declarações vagas e inofensivas que podem obscurecer a realidade”.

O padre Boulad, de 85 anos, é egípcio e um parente do estudioso jesuíta do islamismo, o padre Samir Khalil Samir.

Nesta entrevista ele diz que os islamitas estão apenas realizando o que a religião ensina.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Portugal na última Cruzada: a batalha de Matapão

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Atendendo ao pedido do Papa Clemente XI e após observar as grandes vitórias que a Santa Liga alcançava contra os invasores muçulmanos, um pequeno país de grandes horizontes decidiu tomar parte nessa incrível epopeia.

Portugal participava assim da última Cruzada.

No relato das batalhas de cristãos contra os muçulmanos, desde a grande batalha de Viena até a de Belgrado, acompanhamos dezenas de nações que se uniram para a defesa da Cristandade.

Portugal ainda não tinha podido participar da Santa Liga, pois se mantivera ocupado em renhidas batalhas na Ásia e na América, as quais eram também de grande importância para a causa católica.

Pouco tempo se passara depois que os luso-brasileiros conquistaram a vitória definitiva sobre os protestantes holandeses, e outras nações tentaram se infiltrar em nosso Brasil.

A Providência permitira que se fizessem grandes descobertas de ouro e pedras preciosas em nosso País, especialmente no local que ficou conhecido como “as Minas Gerais”.

A convergência entre um período de paz e a abundância do precioso metal pode ser hoje admirada nas igrejas e em outros monumentos representativos do crescimento brasileiro dessa época.

Finalmente aliviado das vultosas despesas decorrentes dos descobrimentos, Portugal passou a promover grandes investimentos em nossa nação.

A modernização do estaleiro da Ribeira, em São Salvador da Bahia, foi essencial para ali se construírem galeões de até 800 toneladas.

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Daroca: um milagre eucarístico
na guerra contra os islâmicos

A missa antes da batalha, azulejo do milagre de Daroca
A missa antes da batalha, azulejo do milagre de Daroca
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No dia 23 de fevereiro de 1239, as tropas católicas de Daroca, Teruel e Calatayud, reino de Aragão, empreenderam o assalto do castelo de Chío, perto de Luchente, do qual os muçulmanos tinham se apossado, segundo evocou Aleteia.

Tratava-se de mais um episódio da guerra de Reconquista que durou oito séculos para recuperar a península ibérica invadida a sangre e fogo pelos fanáticos islâmicos.

Momentos antes da batalha, o capelão de Daroca celebrava uma Missa, em que consagrou seis hóstias para a Comunhão de cada um dos capitães das tropas.

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Dos Templários até os Apóstolos dos Últimos Tempos

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A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim: Pauperes commilitones Christi Templique Salomonici), ou Cavaleiros Templários, Ordem do Templo, ou Templários, foi uma ordem militar de Cavalaria que existiu na Idade Média entre 1118 e 1312.

Foi fundada em 1118 durante a Primeira Cruzada para proteger os peregrinos a Jerusalém. Os fundadores foram Hugo de Payens e mais 8 cavaleiros, que tiveram o apoio de André de Montbard, tio de São Bernardo de Claraval e do rei Balduíno II de Jerusalém.

Os seus membros faziam votos de pobreza, castidade, devoção e obediência, usavam mantos brancos com a cruz vermelha, e o seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros.

Eles se estabeleceram no monte do Templo em Jerusalém, e de ali provém o nome. No local existira o Templo de Salomão.

O prédio foi usurpado pelos muçulmanos que o renomearam Mesquita de Al-Aqsa e se encontra em pé.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Não temeram combatendo sob a sombra da Imaculada

O achado miraculoso que inverteu a batalha de Empel. Detalhe de Augusto Ferrer-Dalmau (1964 - ) FD Magazine
O achado miraculoso que inverteu a batalha de Empel.
Detalhe de Augusto Ferrer-Dalmau (1964 - ) FD Magazine
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continuação do post anterior: Empel: onde a Imaculada mostrou que o Deus católico é o único verdadeiro




Prometendo a Virgem vencer ou morrer

Oficiais e soldados esgotados correram para construir um altar de pedras e lama que ornamentaram com a Cruz de Santo André, símbolo do exército espanhol e para glorificar a imagem encontrada, entoaram a Salve Rainha.

Concluída a oração daqueles homens consolados mas à beira da morte, o chefe Bobadilla os exortou com palavras inspiradas:

“Soldados!

“A fome e o frio nos levam à derrota, mas a descoberta milagrosa vem para nos salvar.

“Quereis que na noite abordemos as galeras inimigas, prometendo ganhá-las ou tudo perder pela Virgem sem que sobre uma vida?”.

E eles juraram que queriam.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

A Imaculada mostrou que
o Deus católico é o único verdadeiro: o milagre de Empel

O milagre de Empel 04, Augusto Ferrer-Dalmau (1964 - ) FD Magazine
O milagre de Empel. Augusto Ferrer-Dalmau (1964 - ) FD Magazine
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A Imaculada Conceição teve um papel essencial em vários episódios muito importantes da história da Cristandade.

Um dos menos conhecidos é o chamado Milagre de Empel onde a intervenção da Imaculada determinou a vitória dos regimentos católicos espanhóis em guerra contra os protestantes holandeses em Flandres.

O escritor espanhol José Javier Esparza dedicou uma valiosa matéria publicada pelo jornal “La Gaceta” de Madri sob o título “Empel: Um tercio para um milagre”, reproduzido por Infovaticana.

Nota: tercio, literalmente terço em português, designa um tipo de unidade militar de infantaria no exército espanhol.

O fato portentoso se deu na ilha de Bommel, lembrada como Empel, em Brabante, região hoje dividida entre Bélgica e Holanda, nos dias 7 e 8 de dezembro de 1585. A guerra religiosa de Flandres, da qual fazia parte Brabante se disputou essencialmente em trincheiras onde a infantaria desempenhou um papel determinante.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Carta do Infante D. Henrique a Maomé II, sultão dos turcos

Infante Dom Henrique, à esquerda de São Vicente, Nuno Gonçalves
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Em 1453, Maomé II conquistou Constantinopla. Logo depois se voltou para a Europa, avançando em várias frentes.

Em 1456 assaltou Belgrado, sendo barrado por Hunyadi e São João Capistrano.

Durante o pontificado de Pio II, ele tomou a Bósnia, ameaçou a Hungria, a Herzegovínia e a própria Veneza.

Na Albânia travou combates repetidos com Skanderbeg, o qual até sua morte sempre os repeliu com êxito.

Ao mesmo tempo, a partir da África, os muçulmanos ameaçavam reforçar Granada e, a partir dessa cidade, irromper novamente na Espanha.

Por todas essas razões o Papa Calisto III, convocou uma cruzada contra Maomé II.

Portugal respondeu favoravelmente, tendo o Infante D. Henrique enviado ao poderoso sultão da Ásia a seguinte carta de desafio:

quarta-feira, 29 de maio de 2019

A batalha de Ourique
e o nascimento do reino de Portugal


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Foi na Batalha de Ourique que nasceu o Reino português.

Enfrentando os infiéis maometanos, os portugueses achavam-se grande inferioridade numérica, sendo que muitos cronistas idôneos referem-se a cem ismaelitas para cada lusitano.

Nessa situação crítica, Nosso Senhor veio em auxilio dos católicos e ordenou que D. Afonso Henriques ficasse rei daquele povo.

Bastantíssima era a tradição do aparecimento de Cristo; nosso Salvador, feito a el-rei D. Afonso Henriques, e mais, confirmando-se com os escritos de nossos autores e de muitos estrangeiros gravíssimos, para se ter certo o favor que Deus Nosso Senhor quis fazer à nação portuguesa.

Mas para maior confirmação ordenou o mesmo senhor, parece que com particular providência, nos ficasse outra memória ilustríssima dessa verdade.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Honras dos cruzados

Roberto de Normandia, primogênito de Guilherme o Conquistador, catedral de Gloucester. Nos túmulos, o cruzado era representado com as pernas cruzadas.
Roberto de Normandia, primogênito de Guilherme o Conquistador, catedral de Gloucester.
Nos túmulos, o cruzado era representado com as pernas cruzadas.
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Os cruzados que tinham combatido na Terra Santa, ou mesmo aqueles que apenas haviam pronunciado o voto de fazê-lo, eram enterrados com as pernas cruzadas, atitude em que podemos contemplá-los sobre os túmulos, nos claustros dos mosteiros.

São Luís IX, em sua imensa piedade, não se cansava de dizer que preferia o apelativo de “batalhador” ao de “devoto”.

Preguiça e avareza aparecem aos olhos do Cavaleiro como inimigos mortais.

Por isso, não bastava conquistar um prêmio num torneio ou uma batalha vitoriosa.

Ao voltar para casa, ele deveria mostrar-se benevolente para com todos, amável, polido; dar esmolas aos pobres, distribuir suas velhas túnicas aos menestréis.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Em Petrovaradin, a aliança católica dá golpe vital à ofensiva turca

Batalha de Petrovaradin (Jan van Huchtenburg 1647–1733). - Coleção Particular
Batalha de Petrovaradin (Jan van Huchtenburg 1647–1733). - Coleção Particular
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No dia 28 de julho de 1716, próximo à fortaleza de Petrovaradin, turcos e austríacos já se encontravam dispostos para a batalha.

O exército do príncipe Eugênio contava com 64 mil homens, enquanto o do grão-vizir Damad Ali dispunha de 200 mil.

Num primeiro embate, enfrentaram-se as cavalarias. Com mais do que o triplo de homens, os turcos obrigaram os austríacos à retirada.

Considerando a facilidade dessa primeira vitória, o grão-vizir enviou 150 mil turcos para darem início ao cerco da fortaleza.

Eugênio rejeitou o conselho de afastar-se de Petrovaradin e esperar que se enfraquecesse o ímpeto do inimigo com o desgaste do cerco.

quarta-feira, 27 de março de 2019

Face ao Islã, alemães evocam movimento que derrubou o comunismo

Escolas livres de islamismo é outra reivindicação premente
Escolas livres de islamismo é outra reivindicação premente
Luis Dufaur
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Na Alemanha, especialmente na ex-Oriental, cresce uma força política disruptiva. Essa sai às ruas como nunca antes desde o tempo que os alemães se manifestavam contra o comunismo e pela reunificação do país.

O movimento é qualificado com menosprezo de ultradireita pelo macro capitalismo-publicitário, sempre sorrateiramente favorável às esquerdas.

Mas esse progride na Alemanha toda. Sua expressão mais visível é o novo partido Alternativa pela Alemanha, ou AfD.

Esse obteve 13% dos votos nas eleições de 2017 e se converteu no principal grupo opositor no Parlamento nacional, o Bundestag. Atualmente está representado em todos e cada um dos parlamentos estaduais alemães.

O apoio à AfD é o dobro no Leste onde, entre os homens recolhe a adesão do 28%.

Os alemães do Leste sofreram de modo muito doloroso a ditadura do comunismo que nessa parte da Alemanha exibiu uma de suas formas mais brutais e impiedosas.

Mas hoje estão liderando um processo que pode redefinir a política alemã, observou o “The New York Times” numa exaustiva reportagem.

Ninguém como Ângela Merkel encarna tudo o que os alemães do AfD recusam, notadamente a imigração islâmica vista como uma verdadeira invasão.

Irritada com tanta oposição, a atual chanceler anunciou sua próxima aposentadoria da política.

Merkel também veio do leste alemão, mas se formou no “outro Leste”, quer dizer na juventude do Partido Comunista que oprimia o país sob os invasores russos.

Quando esse partido deixou de fazer sentido, Merkel entrou nas fileiras da Democracia Cristã ocidental.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Um Papa santo convoca à vitória na ilha de Corfu

O príncipe Eugênio de Sabóia
O príncipe Eugênio de Sabóia
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A grande vitória católica em Zenta e o tratado de paz em Karlowitz marcaram o fim da Santa Liga convocada pelo bem-aventurado Papa Inocêncio XI contra o fracassado ataque otomano que ousou conquistar Viena. Cfr: Santa Liga e a Reconquista

No entanto, passados alguns anos, os turcos armaram nova tentativa de dominar a Cristandade, cabendo novamente ao Príncipe Eugênio de Sabóia enfrentar os muçulmanos.

Em 1683, quando os turcos empreenderam sua grande invasão da Europa, o Papa Inocêncio XI conclamou todos os povos para a defesa da Cristandade.

Mais de 10 reinos atenderam ao chamado papal, incluindo a Áustria, Polônia, Veneza e Rússia.

Depois de tantas grandes batalhas descritas em artigos anteriores,1 em 1699 foi finalmente assinado em Karlowitz um tratado confirmando as muitas conquistas dos reinos cristãos.

O príncipe Eugênio, heroico general das tropas austríacas, teria certamente dado continuidade à reconquista das cidades ainda subjugadas pelos otomanos.

Infelizmente, duas grandes guerras iniciaram-se nessa ocasião, pondo os países europeus a digladiarem entre si.

Enquanto a Áustria embarcava na luta contra a França pela sucessão espanhola, a Rússia se defendia da tentativa de expansão da Suécia. Enquanto a Europa brigava, os turcos restabeleciam suas forças.

Nova investida turca contra Veneza

Somente em 1611, concluída a Grande Guerra do Norte com a vitória russa sobre a Suécia, o Czar Pedro o Grande tentou nova investida contra os turcos.