Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Príncipe da Albânia, cognominado pelo Papa Calixto III de atleta de Cristo, "durante vinte e quatro anos inteiros opôs vitoriosa resistência aos exércitos turcos, com freqüência 10 a 20 vezes mais numerosos que o seu".(1)
Jorge era o mais novo dos filhos do Príncipe João Castriota, senhor de Ematie, na Albânia, e da Princesa sérvia Voizava, tendo nascido no ano de 1414.
Quando, em 1423, o sultão turco Amurath II invadiu a Albânia, o Príncipe João, para salvar o reino, não podendo pagar a vultosa soma que lhe era exigida como dano de guerra, precisou dar como reféns ao vencedor seus quatro filhos, Estanislau, Reposio, Constantino e Jorge.
Dos quatro, dois morreriam envenenados; um terceiro, retornando à Albânia, entraria num mosteiro; e somente o caçula, Jorge, tornar-se-ia um grande guerreiro.
Chegados à Turquia, os três mais velhos foram postos no calabouço, pois não estavam dispostos a renunciar à sua fé. Como Jorge tinha apenas nove anos e era de muito boa presença, foi circuncidado e educado no islamismo. Mas, em segredo, guardou a fé de seus pais.
Tanta era a estima que tinha por ele o sultão, devido às suas inatas qualidades, que fez com que lhe ensinassem o árabe, o turco, o eslavo e o italiano, além do exercício das armas.
Skanderbeg, um novo Alexandre Magno
Aos 18 anos foi nomeado sandiak. Posto à frente de um exército de cinco mil ginetes, passou para a Ásia, onde demonstrou um valor extraordinário.
Foi aí que recebeu dos turcos o sobrenome de Iskander-bei (príncipe ou chefe Alexandre, em alusão a Alexandre o Magno), que os albaneses mudaram para Skanderbeg.
“Dele se diz que era de aspecto majestoso, e dotado de uma força fora do comum. [...]
“Conta-se que, durante um combate, logrou com um só golpe cortar em dois um guerreiro protegido com couraça”.(2)
“Todos os contemporâneos o elogiam como um dos mais belos e esforçados caracteres varonis daquele século. [...]
“Sua afeição aos combates era tão grande, que o dar uma batalha de quando em quando constituía para ele uma necessidade.
“ Nele se juntavam o valor do soldado e o olhar penetrante do general; suas forças corporais apenas podiam esgotar-se com esforços, e a rapidez de seus movimentos militares trazia à memória os de César”.(3)
Entretanto, Skanderbeg não se esquecia de seu país e procurava uma ocasião para a ele retornar.
Em 1432, com a morte de seu pai, deveria herdar suas possessões. Mas o sultão, em vez de lhe dar o território que lhe competia por herança, quis tê-lo para si.
E enquanto mandava um dos seus chefes tomar conta dele, mandou Skanderbeg invadir a Sérvia.
Jorge aproveitou-se do momento imediatamente precedente à batalha para passar para o lado sérvio. Antes, porém, tinha forçado o secretário de Estado do sultão a entregar-lhe uma ordem, dirigida ao comandante de Kruja, na Albânia, para que reconhecesse o portador como seu sucessor no comando daquela praça e lha entregasse.
Líder das tropas albanesas, cruzado contra os otomanos
Nossa Senhora do Bom Conselho de Scutari, Skanderbeg foi grande devoto dela |
Tendo entrado em Kruja, onde recebeu o comando da praça, à noite abriu as portas para seus partidários, que aniquilaram a guarnição turca. Skanderbeg chamou depois todos os seus parentes e albaneses a Kruja, para tomarem parte na libertação de seu país.
A insurreição se alastrou com tal rapidez, que em pouco tempo Skanderbeg havia tomado as principais praças da região.
Convocou então uma reunião em Alessio, em território veneziano, da qual participaram albaneses e venezianos, sendo eleito indiscutível chefe, aclamado por todos.
Skanderbeg procurou unir-se com a Hungria e a Transilvânia na luta contra os otomanos, e aderiu ao plano de Cruzada proposto pelo Papa Eugênio IV.
No ano de 1448, Skanderbeg derrotou mais uma vez os turcos comandados pelo paxá Mustafá, fazendo-o prisioneiro como a outros de seus oficiais, por cuja liberdade exigiu vultosa soma.
continua no próximo post: Skanderbeg (II), herói da Cristandade e flagelo dos turcos
(Fonte: José Maria dos Santos, "Catolicismo", abril de 2004)
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EGIPTO:
ResponderExcluirContinuam as perseguições aos Cristãos
http://www.persecution.org/suffering/newssummpopup.php?newscode=10343&PHPSESSID=27aec9ea6242e4560fdcd6377ff2aded
Enviemos mails para as embaixadas exigindo o respeito pelos Direitos Humanos Fundamentais:
Portugal: egyptcomm@telepac.pt
Brasil: embegypt@tba.com.br
Não desejo guerra mas creio que deveríamos ter esse espírito de cruzada e mais ainda esse fervor. Se, como antes, tivéssemos esse fervor ao menos na oração do Rosário contra os bárbaros de hoje... Nossa! A batalha estaria ganha.
ResponderExcluirDe qualquer maneira, o Imaculado Coração de nossa Mãe triunfará.
A Albânia hj está nas mãos dos turcos, de novo.
ResponderExcluirEle é citado no livro Tambores da Chuva, de Ismail Kadaré.
ResponderExcluirO livro conta a história do cerco de um exército turco a um castelo cristão.