Três djihadistas franceses conclamam os muçulmanos na França em vídeo de propaganda do Estado Islâmico |
Roberto de Mattei
(1948 - ) professor de História, especializado nas ideias religiosas e políticas no pós-Concilio Vaticano II. |
O Papa Francisco tinha razão quando há mais de um ano afirmou que a Terceira Guerra Mundial já havia começado e que está sendo travada “em fragmentos”.
Mas é preciso acrescentar que se trata de uma guerra de religião, pois os motivos dos que a declararam são religiosos e até os homicídios perpetrados em seu nome são de índole ritual.
Francisco qualificou o massacre de Nice de ato de violência cega. Ora, a fúria homicida que induziu o condutor do caminhão a semear a morte na orla marítima não foi um ato irracional de loucura, mas fruto de uma religião que incita ao ódio e instiga à violência.
Os mesmos motivos religiosos desencadearam as carnificinas do Bataclan de Paris, dos aeroportos de Bruxelas e Istambul e do restaurante de Dacca. Por mais bárbaros que tenham sido esses atentados, nenhum deles foi cego, mas foi parte de um plano lucidamente exposto pelo Estado Islâmico em seus documentos.
O porta-voz do EI, Abu al-Adnani, em uma gravação difundida pelo Twitter em fins de maio, lançou um apelo ao assassinato na Europa em nome de Alá, com estas palavras:
“Quebra-lhe a cabeça com uma pedra, assassina-o a facadas, atropela-o, atira-o de um lugar elevado, estrangula-o ou envenena-o.”
E o Corão não se expressa de modo diverso ao falar dos infiéis. O que sim constitui sintoma de loucura cega é continuar fechando os olhos para esta realidade.
É uma ilusão crer que a guerra ora travada não foi declarada pelo Islã ao Ocidente, mas que é uma guerra intestina do mundo muçulmano, e que a única forma de se salvar é ajudando o Islã moderado a derrotar o fundamentalista.
Vítimas do atentado religioso em Nice, 14-7-2016. |
Um verdadeiro muçulmano pode renunciar à violência por oportunismo, mas sempre considerará legítimo fazer uso dela contra os infiéis, porque assim ensina Maomé.
A guerra atualmente em curso é uma guerra contra o Ocidente, mas também contra o Cristianismo, porque o Islã quer substituir a Religião de Cristo pela de Maomé.
Por isso, o objetivo final de sua conquista não é Paris nem Nova York, mas Roma, centro da única religião que o Islã se propõe aniquilar desde a sua origem.
A guerra contra Roma remonta ao nascimento do próprio Islã, no século VIII. Roma era o objetivo dos árabes que em 830 e 846 ocuparam, saquearam e depois se viram obrigados a abandonar a Cidade Eterna.
Roma era o ponto de mira dos muçulmanos que em 1480 decapitaram os 800 cristãos de Otranto e degolaram os nossos compatriotas em Dacca em 2016. Confira: "Os 800 Mártires de Otranto resistindo aos turcos invasores"
Trata-se de uma guerra religiosa, declarada pelo EI à irreligiosidade ocidental e à sua religião, que é o Cristianismo.
E à medida que este se seculariza, vai abrindo caminho para seu adversário, que só pode ser derrotado por uma sociedade com uma identidade religiosa e cultural forte.
Como observa o historiador inglês Christopher Dawson, o fator de coesão de uma sociedade e de uma cultura é o impulso religioso:
“As grandes civilizações não dão à luz as grandes religiões como uma espécie de subproduto cultural; as grandes religiões são a base sobre as quais se sustentam as grandes civilizações. Uma sociedade que perdeu a sua religião está fadada a perder cedo ou tarde sua cultura.”
É uma guerra declarada pelo Corão contra o cristianismo. Exército francês se prepara para uma guerra em território da França. |
Ouve-se com frequência que, face à invasão, devemos construir pontes em vez de levantar muros; mas só se defende uma fortaleza sitiada subindo a ponte levadiça, e não baixando. Alguns começam a dar-se conta.
As autoridades francesas previram a irrupção de uma guerra civil destinada a ser travada antes de tudo no interior dos grandes centros urbanos, onde a multiculturalidade impôs a impossível convivência de grupos étnicos e religiosos diversos.
Em 1º de junho passado, um comunicado do Estado-Maior francês anunciou oficialmente a criação de uma força convencional do Exército, o Comando terrestre para o território nacional (COM TN), destinado a combater a jihad em território francês.
Batizado de Au contact, o novo modelo estratégico se compõe de duas divisões sob um comando único, com um total de aproximadamente 77 mil homens dispostos a enfrentar o perigo de uma insurreição islâmica.
Ante esse perigo, além das armas materiais, utilizadas em todo conflito para exterminar o inimigo, são também e sobretudo necessárias as armas culturais e morais, consistentes na consciência de que somos herdeiros de uma grande civilização que definiu sua identidade ao longo dos séculos precisamente combatendo o Islã.
Instamos respeitosamente o Papa Francisco, Vigário de Cristo, a ser o porta-voz de nossa história e de nossa tradição cristã face ao perigo que nos ameaça.
(Autor: Roberto de Mattei, “Il Tempo”, 16-07-2016)
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Lisboa está cheia de turistas, mal se passa nas zonas centrais. A praça do Rossio (o nome oficial é D. Pedro IV -I do Brasil) está guardada pela polícia de intervenção armados todos de metralhadoras. Já tinha visto um alerta em que numa das estações de comboios (trens)um tinha arma pesada outro armas mais ligeiras.
ResponderExcluirTem razão o articulista -a Europa está em guerra, mas ainda há tontinhos, por aqui, a dizer que é a revolta dos 'pobrezinhos'. Felizmente que muitos já começam a abrir os olhos. Saiu agora um livro que se chama «A Grande Aventura do Reino das ASTÚRIAS, Assim Começou a Reconquista Cristã» d josé Javier Esparza. Logo no início diz que a Reconquista foi um milagre e a Peninsula o unico território conquistado que recusou escravatura -perdmos mlhões, como se viu agora no Iraque/Síria aos Cristãos.
Esses ataques terroristas me dão a impressão de que os jihadistas (ou quem está por trás deles) pretendem provocar uma 3ª Guerra Mundial. Nesse sentido, Stefan Molyneux fez um interessante comentário. Vejam!
ResponderExcluirThe Road to World War 3
https://youtu.be/QNNdfrcgQDY