Em 1096, o exército católico assediava a cidade de Huesca (Espanha). Ele era dirigido pelo rei de Aragão Sancho Ramírez.
O rei tinha construído a cidadela de Montearagón (foto), hoje em ruínas, como quartel geral do sítio da cidade.
Ela fica sobre o morro chamado desde então de São Jorge.
A batalha já havia começado quando chegaram topas muçulmanas desde a grande cidade de Zaragoza.
O rei morreu e tudo virou para o desastre. Foi quando apareceu São Jorge e a batalha foi ganha pelos cristãos.
A cidade de Huesca capitulou, então, ante o novo rei Pedro I.
Uma crônica do tempo relata a miraculosa intervenção do santo comandante cristão:
“… invocando o Rei o auxilio de Deus nosso senhor, apareceu o glorioso cavaleiro e mártir São Jorge, com armas brancas e resplandecentes, sobre um muito poderoso cavalo ajaezado com paramentos prateados.
“Ele trazia um cavaleiro na garupa, e ambos os dois com Cruzes vermelhas nos peitos e escudos, divisa de todos os que naquele tempo defendiam e conquistavam a Terra Santa, e que agora é a Cruz e o hábito dos cavaleiros de Montesa.
“E fazendo sinal ao cavaleiro que vinha na anca para que apeasse, começaram a combater ambos os dois de modo tão forte e denodado contra os Mouros, e davam-lhes golpes tão mortais, um lutando a pé e o outro no cavalo, que abriam clareiras por onde quer que iam, e reuniam e acaudilhavam os Cristãos.
“O cavaleiro que trouxe o santo mártir São Jorge, diz a história de São João de la Peña alegada por Zurita, que era alemão, e que naquele dia e hora pelejava em Antioquia junto com os demais cruzados.
“Mas os mouros abateram seu cavalo e rodearam-no para matá-lo; nesse momento apareceu o glorioso São Jorge, sem que o bom cavaleiro alemão entendesse nem soubesse quem era … e ajudou ele para subir na garupa do cavalo, e o tirou da batalha, e instantaneamente transportou-o para Aragão, ao local onde se dava a batalha do Rei com os Mouros, então lhe fez sinal que apeasse e pelejasse….
“Espantaram-se os inimigos da fé vendo aqueles dois cavalheiros cruzados, um a pé e outro no cavalo. E como Deus os perseguia começaram a fugir a ver quem mais podia.
“Pelo contrario, os Cristãos, embora ficassem maravilhados vendo o novo estandarte da Cruz: sendo Cruz alegraram-se, e redobraram seus esforços ferindo os Mouros: e assim os enxotaram do campo e acabaram vencendo”.
Alcoraz não foi o único nem o último prodígio em que São Jorge interveio como terrível capitão dos cruzados.
Jaime I, rei de Aragão e cronista, conta que na campanha de Valencia quando nobres e cavaleiros, aragoneses e catalães, “estavam num morro agora conhecido como Santa María del Puig, veio contra eles a mourama toda, e na grande batalha que logo se entabulou entre todos eles, apareceu São Jorge com muitos cavaleiros do paraíso que ajudaram a vencer a batalha na qual não morreu cristão algum”.
O próprio Jaime I deixou consignado que na conquista de Mallorca, “segundo contaram-lhe os sarracenos, estes vieram entrar primeiro a cavalo um cavaleiro branco com armas brancas”.
Segundo o rei este cavaleiro foi São Jorge, “pois se encontra em outras histórias, que em outras batalhas ele foi visto muitas vezes por cristãos e sarracenos”.
Os cruzados trouxeram para Ocidente a devoção a São Jorge desde Terra Santa. Lá o santo era famoso pelas suas proezas, coragem, espírito de maravilhoso e de cortesia.
(Fonte: “La batalla de Alcoraz”, segundo Diego de Aínsa, 1619).
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