Cristãos emigrados pensam em voltar para o Oriente Médio. Na foto Mosul, Iraque. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
“Muitos cristãos que chegaram à Alemanha provenientes do Oriente Médio sofrem pressões tão fortes nos campos de prófugos por parte dos imigrantes muçulmanos, que preferem voltar para as suas casas”, escreveu o superior do mosteiro ortodoxo de São Jorge, a 100 quilômetros de Berlim, Daniel Irbits.
Segundo o site “Religión en Libertad”, ele denunciou a dramática situação dos cristãos nos campos de acolhida – parece ironia – alemães numa carta ao ministro federal para os Assuntos Especiais, Peter Altmaier que também é membro do Conselho para a Integração, órgão do governo.
O primeiro a denunciar em extensa reportagem as violências que sofrem os cristãos nos campos de prófugos da Alemanha foi o jornal “Die Welt”.
Nos campos de asilados, os cristãos são “ameaçados de morte e tratados como animais pelos muçulmanos. Com grande preocupação e vergonha, soubemos que os migrantes cristãos procedentes da Síria, da Eritreia e de outros países, ficam expostos a ultrajes, perseguições e violência por parte de seus colegas muçulmanos em nossos campos de prófugos”, escreveu o monge Daniel ao ministro responsável da acolhida. Os casos, infelizmente, “não são raros e a violência vai até ameaças de morte e feridas graves”, acrescentou.