Cruz do Reino Latino de Jerusalém. |
Esta aparição do fogo sagrado era um bom augúrio para a expedição que se preparava. Depois das festas de Páscoa, os genoveses regressaram aos navios.
Por seu lado, Balduino reuniu os guerreiros. Foram em seguida sitiar Arsur; os habitantes propuseram abandonar a cidade e se retirar com suas riquezas. A capitulação foi aceita.
Os cristãos foram em seguida sitiar Cesaréia, cidade florescente e habitada por ricos comerciantes. Caffaro, historiador genovês, presente a essa expedição, nos dá a conhecer as singulares tentativas que precederam o ataque dos cruzados.
Os embaixadores da cidade dirigiram-se ao patriarca e aos chefes do exército:
“Vós que sois doutores da lei cristã, disseram, porque ordenais aos vossos soldados que nos assaltem e nos matem? Nós não vos queremos assaltar, respondeu o patriarca, mas essa cidade não vos pertence; não vos queremos também matar, mas a vingança divina nos escolheu para punir os que se armaram contra a lei do Senhor”.
Depois desta resposta, que não podia trazer a paz, os infiéis só pensaram em se defender. Resistiram com alguma coragem aos primeiros assaltos, mas, como não estavam acostumados aos perigos e às fadigas da guerra, seu ardor logo começou a declinar e depois de duas semanas de cerco, suas torres e suas muralhas foram ficando desertas, sem combatentes e defensores.