segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Lepanto: a maior batalha naval da História

Réplica da nau capitã de Don Juan d'Áustria em Lepanto
Réplica da nau capitânia de Don Juan d'Áustria em Lepanto



continuação do post anterior: A batalha de Lepanto: um Harmagedon naval entre a Cruz e o Crescente



“Toma, ditoso príncipe, a insígnia do verdadeiro Deus humanado”

As tratativas para a Santa Liga foram concluídas em 7 de março de 1571, festa de São Domingos. O Papa, exultante de alegria, entregou o empreendimento nas mãos de Nossa Senhora — as mesmas mãos que séculos atrás haviam dado o Rosário ao santo fundador da Ordem dos Pregadores.

O Santo Padre delegou o comando da pequena, mas prestigiosa frota dos Estados Pontifícios, composta de 12 naus de guerra, ao nobre Marco Antonio Colonna.

O príncipe ajoelhou-se para receber pessoalmente das mãos de São Pio V o estandarte da Liga, no qual estavam estampadas as imagens de Jesus Crucificado, São Pedro, o brasão do Papa e a inscrição “In hoc signo vinces” (“Com este sinal vencerás”).

Foi o lema visto acima de uma Cruz luminosa, no céu, pelo Imperador Constantino, no ano 312, e que o levou à vitória na famosa batalha de Ponte Mílvia, contra o usurpador Maxêncio.

O ponto de encontro de toda frota era a cidade de Messina, na Sicília. Primeiro, chegaram os venezianos com suas 66 naus, comandados pelo veterano Sebastião Veniero, que mantinha o fulgor de soldado, mesmo aos 70 anos. Logo depois, vieram as 60 naus espanholas comandadas por Andrea Doria, experiente navegador do Mediterrâneo.

A cidade de Messina fervia de entusiasmo pela vinda desses novos cruzados. Mas a verdadeira comemoração se deu quando D. João d’Áustria aportou com seus 45 navios.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Hostilidades contra a Cruz helvética na Suíça!

A simples cruz helvética no centro, símbolo nacional, foi interpretada como ofensa aos imigrantes islâmicos.
A simples cruz helvética no centro, símbolo nacional,
foi interpretada como ofensa aos imigrantes islâmicos.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Na escola de Emmen, no cantão suíço de Luzerna, os alunos foram convocados a embelezar alguns muros da cidade. Aliás, mais de 1.000 habitantes da localidade participaram de iniciativas semelhantes nos últimos sete anos.

O plano foi tocado pela associação Emmenfarbig (Emmen em cores), dirigida por Peter Jans, e previa que as crianças pintariam instrumentos de música num muro.

“Mas algumas crianças tiveram a ideia de pintar a bandeira nacional com um corno musical dos Alpes”, explicou Peter Jans aos periódicos, informou o jornal de Genebra “La Tribune de Genève”.

A iniciativa infantil foi o início da tempestade. A direção da escola entrou em pânico, pois não queria ferir a sensibilidade dos imigrantes, e decidiu proibir o feito dos alunos.

Peter Jans recebeu a ordem de apagar a bandeira nacional pintada no muro. Ele então pediu uma orientação à câmara de vereadores da cidadezinha e um esclarecimento sobre se poderia pintar a bandeira suíça no futuro.


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A batalha de Lepanto: um Harmagedon naval
entre a Cruz e o Crescente

São Pio V vê miraculosamente
a vitória de Nossa Senhora em Lepanto



No ano de 1566 subia ao trono pontifício o Cardeal Antonio Ghislieri.

O novo Papa, de família nobre, entrara ainda jovem na Ordem dominicana, onde aprendeu a prática da virtude e da austeridade que deveria transmitir no governo da Igreja.

Ele assumia aos 62 anos o nome que passaria a ser conhecido como um dos maiores Papas de todos os tempos: São Pio V.

São Pio V — grande comandante das forças católicas

Mas o revide de Deus já estava pronto para entrar em cena. São Pio V assumiu com galhardia o supremo comando da Igreja e, à maneira de um bom general, trouxe a vitória da Cruz sobre todos seus inimigos.

Ele auxiliou os católicos perseguidos pelos príncipes alemães protestantes. Incentivou a Liga Católica contra os huguenotes na França. Apoiou a Espanha contra as revoltas protestantes nos Países Baixos. Excomungou a herética rainha Elizabete I da Inglaterra.

Internamente na Igreja, combateu com vigor o relaxamento moral do clero e incrementou a observância da disciplina eclesiástica do Concílio de Trento. Seu próprio exemplo pessoal foi poderoso antídoto contra os escândalos de certos clérigos.

Mas o foco deste artigo é a enérgica atitude de São Pio V diante do perigo muçulmano.

Desde o tempo das Cruzadas, os Romanos Pontífices recorriam à legítima força das armas quando os outros meios haviam se mostrado ineficazes.